O surto do coronavírus tem vindo a afastar cada vez mais os portugueses dos hospitais e centros de saúde. Um inquérito do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica revela que 74% dos portugueses têm medo de se dirigir a estas unidades hospitalares. O motivo: o medo de saírem infetados, noticia a edição do jornal “Público” esta terça-feira, 14 de abril.
Esta pandemia já levou 26% dos portugueses a deixarem mesmo de recorrer os estabelecimentos de saúde. Entre os doentes crónicos, foram 32%. A saúde física dos portugueses tem vindo também a deteriorar-se e são os jovens com idades entre os 18 e os 24 anos em que se concentra a maior percentagem (33%).
Esta percentagem desce para 17% na população com mais de 65 anos. Ao nível da saúde mental são também os mais jovens a acusar os efeitos do isolamento social. No intervalo dos 35 aos 44 anos de idade, a percentagem é de 49%. No grupo dos que têm entre 25 e 34 anos, são 44% os que acusam a degradação do estado de saúde mental, percentagem idêntica no grupo etário dos 18 e os 24 anos de idade.
Em relação à qualidade das relações familiares sob o mesmo tecto as 24 horas do dia, a maior parte dos que vivem acompanhados (83%) garantem estar igual. No entanto, os dados deste inquérito indicam que no caso das pessoas que vivem com filhos a qualidade das relações poderá estar a alterar-se mais depressa: 12% dos que vivem com filhos consideram que a relação entre os membros da família piorou, enquanto, entre os que não têm filhos, foram 9% os que consideraram que a interação familiar sofreu um declínio.
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