Quando já só faltam dois dias para o fim do mandato dado pelo presidente israelita Reuven Rivlin ao líder de Kahol Lavan, Benjamin Gantz, para formar um governo que consiga ser aceite no Knesset, o parlamento do país, ainda não se vislumbra qualquer hipótese de solução.
Gantz passou o dia de ontem em intensa atividade, mas o certo é que não terá conseguido chegar a um entendimento suficiente para governar. Em princípio – e dado que Benjamin Netanyahu, líder do Likud, també não conseguiu, quando foi a vez dele, arranjar forma de formar governo – o país terá de repetir as eleições.
Depois de representantes da coligação Kahol Lavan e do partido Yisrael Beitenu, de Avigdor Lieberman, se terem encontrado ontem, as duas partes divulgaram uma declaração conjunta dizendo que “progressos significativos” foram feitos. Mas não a pontos de ter saído dali uma formalização de qualquer apoio a um possível futuro governo.
A equipe de negociação de Kahol Lavan também deve se reunir com representantes da Labor-Gesher no domingo. Enquanto isso, o bloco de direita liderado pelo Likud também se reúne no domingo antes de uma possível reunião entre Netanyahu e Lieberman no final do dia.
Entretanto, o Likud está em intensa atividade política, tentado convencer os israelitas que o apoio conseguido por Gantz junto dos partidos que representam os árabes israelitas é um atentado ao que há de mais sagrado no território.
No sábado, o primeiro-ministro ainda em exercício alertou contra a possibilidade de Gantz estabelecer um governo minoritário apoiado pelos parlamentares árabes. “Estamos diante de uma emergência sem precedentes na história do Estado de Israel”, afirmou, para vincar a sua forte oposição a um entendimento entre árabes e israelitas.
O Likud realizou ontem em Telavive, capital do país, aquilo a que chamou um ‘comício de emergência’ para protestar contra “um governo minoritário apoiado pelos partidos árabes”.
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