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Ahmad Vahidi: o iraniano que acha que 41% é mais que 42,6%

Foram 66,2% nas eleições de 2008, 61,6% nas de 2016, 42,6% nas de 2020 e, finalmente, 41% nas deste ano, ocorridas a 1 de março passado. No Irão.
  • Iranian Interior Minister Ahmad Vahidi speaks during a press conference after the parliamentary elections in Tehran, Iran, March 4, 2024. Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS ATTENTION EDITORS – THIS PICTURE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY.
10 Março 2024, 09h00

Nunca desde a revolução de 1979 tão poucos iranianos tiveram pachorra para ir votar. Os que foram, fizeram os conservadores ganhar – até pela razão simples de que não havia moderados, nem muito menos oposicionistas em quem votar.

Ahmad Vahidi, o ministro do Interior, foi o membro do governo destacado para anunciar os níveis de votação e para dizer as enormidades que se lhe seguiram: que a votação era manifesto necessário e suficiente para demonstrar o empenho dos iranianos na defesa do seu regime. A tese é impossível de provar, mas a comunidade internacional também não estaria propriamente à espera de outra coisa.

Ao contrário do que disse Ahmad Vahidi, a tão pouco numerosa demonstração de interesse ou de carinho pelo regime imposto pelos religiosos radicais desde 1979 dá mostra clara de que os aiatolas perderam tração com o povo – depois de já terem deixado claro que há muito não têm nenhuma tração com a realidade. Vale a pena recordar que estas foram as primeiras eleições desde que Mahsa Amini morreu enquanto estava sob custódia da chamada polícia moral do Irão, na sequência de ter cometido o grave crime de se apresentar praticamente nua (sem o véu) em público.

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