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Albuquerque critica “conservadorismo” e “imobilismo” dos organismos reguladores na questão dos limites de vento

Presidente do Governo quer acelerar processo de revisão e evitar danos “reputacionais” do Aeroporto. No capítulo da mobilidade, Albuquerque avisa também que jamais aceitará a regionalização do princípio da continuidade territorial, numa alusão ao subsídio para as viagens dos residentes.
3 Maio 2018, 14h06

“Temos de tirar os organismos reguladores do seu conservadorismo e do seu imobilismo e de os pôr a trabalhar no sentido de que o Aeroporto da Madeira possa ter maior operacionalidade e que não sofra danos reputacionais”, defendeu, esta quinta-feira, o presidente do Governo Regional da Madeira, garantindo que vai continuar a fazer pressão no sentido de acelerar a revisão destes pressupostos.

“Não há nenhuma dúvida que as circunstâncias operacionais  do Aeroporto da Madeira estão, do ponto de vista técnico, ultrapassadas. Foram fixadas nos anos 60 e a tecnologia evoluiu”, referiu ainda Albuquerque, para quem os organismos reguladores “não existem para empalhar, mas resolver e apresentar soluções”.

Sem descurar o princípio da segurança que “é fundamental” para os passageiros, operadores e agentes empresariais, o líder do Executivo madeirense lembrou que  “do ponto de vista técnico, há um conjunto de disfuncionalidades e de anacronismos que têm de ser retificados, no sentido de garantir, face à evolução técnica das aeronaves e dos aparelhos de aproximação, a operacionalidade mais alargada do Aeroporto”.

Albuquerque falava durante a cerimónia de entrega de 2,23 milhões de euros ao tecido empresarial, ao abrigo dos vários sistemas de incentivos vigentes, uma ocasião que aproveitou também para avisar que jamais aceitará a regionalização do princípio da continuidade territorial, em alusão ao subsídio nas viagens dos residentes.

Com duras críticas ao Governo central que ‘meteu na gaveta’ o dossier da revisão do subsídio de mobilidade, Albuquerque lembrou que cabe ao Estado português de assegurar as verbas necessárias para que os madeirenses se possam deslocar dentro do território português nas mesmas circunstâncias dos outros portugueses.

“Um Estado que já meteu 17 mil milhões de euros nos bancos, o mínimo que tem de fazer é assegurar a possibilidade de os madeirenses poderem se deslocar dentro do território português em igualdade de circunstâncias dos outros portugueses”, criticou.

 

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