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Ana Mendes Godinho diz que pandemia veio criar “imensa pressão” sobre o emprego e acentuar desequilíbrios sociais

A ministra do Trabalho, da Solidariedade e Segurança Social considera que a pandemia da Covid-19 veio criar “imensa pressão sobre o emprego” e expor “problemas associados a equilíbrio social” que devem ser combatidos com a aposta “massiva” na criação e manutenção de postos de trabalho.
  • António Pedro Santos/Lusa
31 Agosto 2020, 17h23

A ministra do Trabalho, da Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, defendeu esta segunda-feira a necessidade de uma Segurança Social “mais solidária e inclusiva”. Ana Mendes Godinho considera que a pandemia veio criar “imensa pressão sobre o emprego” e expor “problemas associados a equilíbrio social” que devem ser combatidos com a aposta na criação e manutenção de postos de trabalho.

“Esta pandemia pôs a descoberto problemas associados a equilíbrio social, pressão sobre o emprego e precariedade, novas formas de trabalho, dificuldades de conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional. Estas são fragilidades de quem a pandemia afeta de forma desigual”, afirmou Ana Mendes Godinho, na conferência nacional do PS “Recuperar Portugal”, que está a ter lugar em Coimbra e que marca a rentrée política dos socialistas.

A ministra referiu que a crise provocada pela Covid-19 veio criar “imensa pressão sobre o emprego”, mas o Estado tem de “continuar a ser capaz, tal como o fez no início da pandemia, a apoiar massivamente a criação e manutenção dos postos de trabalho e incentivar o emprego sustentável”, com particular atenção aos jovens, que, para Ana Mendes Godinho, “são os primeiros sacrificados em situação de crise, como temos verificado”.

Segundo a ministra, a pandemia da Covid-19 veio tornar “emergente” a necessidade de o Governo assumir um “novo compromisso social”, com vista a “apoiar criação e manutenção de emprego, valorizar os jovens no mercado de trabalho e combater a precariedade”. Ao mesmo tempo, é preciso encontrar respostas para todos os que ficaram sem proteção social e para os casos mais vulneráveis, alertou a governante.

“É preciso assumir a Segurança Social como um sistema solidário, coletivo, e de que todos têm de fazer parte, trazendo para dentro do sistema pessoas que cronicamente estiveram fora dele e abrindo a Segurança Social para as diferentes realidades do trabalho do futuro”, disse, sublinhando que, para isso, é preciso “garantir níveis de proteção adequados, independentemente do tipo de vínculo, sem distinção entre cidadãos de primeira ou de segunda”.

Nas palavras da ministra, tornou-se “particularmente evidente a insustentabilidade ética” de não estarem abrangidos na Segurança Social “centenas de milhares de cidadãos”, no contexto da pandemia. “É o tempo de tornar o sistema da Segurança Social mais eficaz e mais justo, capaz de chegar cada vez mais a quem precisa, quando precisa, onde precisa”, salientou.

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