O Banco Central Europeu (BCE) prolongou o programa de compra de ativos da zona euro até dezembro de 2018, na reunião do Conselho de Governadores desta quinta-feira, em Riga. No último trimestre, o volume de aquisições será metade do ritmo atual e o programa chega ao fim no final do ano.
O programa de estímulos monetários irá decorrer com a compra de 30 mil milhões de euros por mês em ativos da zona euro até setembro, tal como planeado. No último trimestre do ano, irá continuar com metade do volume mensal, ou seja, 15 mil milhões de euros.
“O Conselho de Governadores antecipa que, após setembro de 2018, e sujeito a dados que confirmem o outlook de médio prazo da inflação, o ritmo mensal de compra líquida de ativos seja reduzido para 15 mil milhões de euros até ao final de dezembro de 2018″, explicou a instituição liderada por Mario Draghi, em comunicado.
“As compras líquidas irão nessa altura acabar”, sublinhou o BCE. No entanto, tal como já tinha anunciado, reafirma que “tenciona manter uma política de reinvestimentos”. Acrescentou ainda que a política monetária da zona euro continuará acomodatícia enquanto for necessário para manter condições favoráveis de liquidez.
Os analistas já tinham alertado que a inflação abaixo da meta (próxima mas abaixo de 2%), a desaceleração da economia europeia e a situação em Itália poderiam ser razões para que a instituição adiasse apresentar os detalhes do processo. No entanto, a instituição decidiu não esperar e anunciou já o caminho de redução.
A instituição liderada por Draghi anunciou também que deixou os juros em mínimos históricos, em vigor desde março de 2016, tal como era de esperar.
A taxa de juro ditora continua em 0%, enquanto a taxa aplicável à facilidade de depósito também não sofreu alterações e permanece nos -0,40% e a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez fica em 0,25%.
[Notícia atualizada às 12h55]
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