BCP dispara mais de 5% a meio da sessão. Bolsa de Lisboa segue Europa em terreno positivo

A bolsa de Lisboa segue no meio sessão, desta quinta-feira, em terreno positivo, estando a subir 1,64% para 6.337,18, alinhada com a maioria dos índices europeus.

A liderar os ganhos está o BCP, que está a disparar 5,17% para 0,3110 euros, seguido da EDP Renováveis que valoriza 2,50% para 13,11 euros e Sonae que ganha 2,52% para 0,8950 euros. Também a EDP soma 2,17% para 3,67 euros e a Jerónimo Martins avança 1,58% para 18 euros, enquanto a Mota-Engil cresce 1,32% para 4,298 euros.

Importa lembrar que a Jerónimo Martins e a Mota-Engil realizam as respetivas Assembleias Gerais esta quinta-feira.

Por outro lado, a Ibersol perde 0,86% para 6,92 euros, a Altri cede 0,60% para 4,958 euros e Corticeira Amorim desce 0,10% para 9,66 euros.

No que diz respeito às congéneres europeias, o alemão DAX perde 0,05%, o espanhol IBEX 35 ganha 0,72%, o francês CAC 40 soma 0,35% e o britânico FTSE 100 valoriza 0,17%.

Segundo o analista de mercados do Millenium Investment Banking, Ramiro Loureiro, as “bolsas europeias seguem em alta ligeira, perante um alívio dos receios relacionados com a inflação e os recentes discursos do BCE, que deixam a porta cada vez mais aberta ao início do ciclo de descida de taxas de juro. O efeito reflete-se na descida das yields de divida soberana”.

“As tensões geopolíticas no Médio Oriente também parecem ter abrandado face ao início da semana, traduzindo-se numa descida dos preços do petróleo, o que até castiga o sector energético, mas retira receios inflacionistas”, frisou o especialista.

Por cá o índice nacional “lidera as valorizações, impulsionado pelo disparo superior a 4% do BCP, que negoceia com o dobro do volume médio registado nas últimas 20 sessões para este período matinal, ainda que até ao momento não seja conhecido qualquer facto relevante que justifique a performance. A EDP e EDPR sobem mais de 2%, após terem reportado os dados operacionais do primeiro trimestre”.

No seio empresarial, o analista destacou “as empresas ligadas à indústria de semicondutores, como BE Semiconductor ou STMI, recuam ligeiramente, apesar  da TSMC ter reportado boas contas”.

“Aparentemente a penalizar está o facto da gigante ter mantido as perspetivas de investimento de capital, quando haveria expectativa de que pudesse anunciar um aumento,  o que castiga os seus fornecedores. Pela negativa a Sartorius tomba, após fracos resultados”, sublinhou.