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BIG abre em Moçambique e mantém core tier 1 nos 33%

O BIG abre este mês a subsidiária em Moçambique. O anúncio foi feito com a divulgação de resultados de 2015 onde a instituição, atingiu os 33% em termos de rácio core tier 1.
14 Março 2016, 13h16

O BIG – Banco de Investimento Global abre este mês a subsidiária em Moçambique. O anúncio foi feito com a divulgação de resultados de 2015 onde a instituição, liderada por Carlos Rodrigues, atingiu os 33% em termos de rácio core tier 1, o que corresponde ao dobro dos melhores e maiores bancos do sistema nacional Este rácio é, ainda assim, inferior aos 35% obtidos em 2014.

Aliás, Carlos Rodrigues explica que os resultados foram ligeiramente abaixo do ano recorde de 2014 e justifica os números de 2015 com as condições de mercado que “foram difíceis a partir do 1º trimestre e agravaram-se à medida que o ano decorreu”. O resultado líquido da instituição fechou nos 74,5 milhões de euros, o que compara com os 82,5 milhões em 2014 e os 58,6 milhões de euros em 2013. O produto bancário atingiu os 148,7 milhões de euros.

Os resultados por ação foram de 48 cêntimos em 2013, depois de um aumento de capital por incorporação de reservas realizado no ano passado. Numa base comparável e excluindo o efeito do aumento de capital, o resultado por ação seria em 2015 de 72 cêntimos versus os 79 cêntimos do período homólogo anterior. A rendibilidade dos capitais próprios, o ROE, caiu para 27,7%, o que compara com os 35,2%, mantendo-se como um dos melhores da banca nacional. O valor contabilístico por ação do BIG foi de 1,77 euros, ou 2,66 euros numa base equivalente a 2014 pré incorporação de reservas. Este valor compara com os 2,51 euros obtidos em 2014.

Refere uma nota da instituição financeira que “os resultados de 2015 quando comparados com o desempenho excecional de 2014, refletem um decréscimo das receitas inerentes a atividades de tesouraria e investimento, por consequência das condições de elevada volatilidade registadas no 3º e 4º trimestres de 2015. Incluem ainda um crescimento de 11% em comissões líquidas e uma ligeira diminuição da margem financeira (menos 6%). Os proveitos não ligados à margem financeira, e que constituem o núcleo do negócio especializado da banca de investimento, onde o banco atua, representaram 84% dos proveitos totais do banco em 2015, comparativamente a 85,2% em 2014 e em linha com anos anteriores. A margem financeira representou cerca de 16% do valor total de proveitos em 2015, versus 14,8% em 2014, também em linha com a média dos anos anteriores”.

Os resultados do BIG foram gerados em Portugal e incorporam despesas não recorrentes, caso da sede do Porto, enquanto os custos de Moçambique já estão refletidos nas contas consolidadas de 2015. Diz Carlos Rodrigues em nota, que o ano de 2015 terminou com um conjunto de eventos, caso das eleições, do bail-in de obrigacionistas do Novo Banco e da resolução do Banif, “com reflexo negativo na confiança dos investidores”.

Por Vítor Norinha/OJE

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