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BP: Relatório interno mostra que o grupo escapou por pouco a dois acidentes graves

Multinacional britânica a operar no setor da energia revela falhas de monotorização de segurança das suas operações.
13 Dezembro 2016, 13h06

Pelo menos por duas vezes, a BP esteve perto de sofrer dois acidentes potencialmente letais, devido a falhas na supervisão das suas refinarias e unidades petroquímicas. A conclusão é de um relatório interno da empresa, que mostra que o grupo continua a sofrer as consequências do Deepwater Horizon, um dos maiores desastres da história indústria petrolífera.

Foi em abril de 2010 que a sonda petrolífera semissubmersível Deepwater Horizon – que em 2009 perfurou o poço petrolífero mais fundo do mundo – explodiu, levando à morte de 11 pessoas e causando um derramamento de petróleo sem precedentes nas operações da BP no Golfo do México. Na altura, a BP acordou pagar 18,7 mil milhões de dólares (cerca de 16,8 mil milhões de euros) pelo desastre, ao longo de 18 anos.

Desde aí o grupo britânico tem apresentado falhas de monotorização de segurança das suas operações.

De acordo com o ‘Financial Times’, que teve acesso ao relatório da BP, foram registadas várias “falhas” em refinarias e unidades químicas. Terá sido em 2014 que o grupo BP registou o primeiro acidente de grande escala, após o Deepwater Horizon, numa fábrica de Chicago, em Whiting. Uma das máquinas terá sofrido um incidente de “elevado potencial”, que poderia ter resultado em perda de vidas.

A auditoria realizada internamente apurou que as falhas se deveram ao facto de não existir “uma abordagem global e estandardizada à gestão de informação de engenharia e dados durante o período de vida de um ativo”. Apesar disso, o processo culminou numa “falta de responsabilização”.

O relatório apontava ainda para a “necessidade urgente” de melhorias que poderiam custar 170 milhões de dólares (160 milhões de euros) em cinco anos.

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