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CDS-PP defende que “grupelhos de extrema-direita” devem ser “reprimidos e censurados”

O presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, espera que quem “covardemente” dirigiu as ameaças contra as três deputadas da Assembleia da República seja “rapidamente” apanhado e levado à justiça e contesta que alguns partidos insistam em “normalizar discursos bárbaros”.
14 Agosto 2020, 10h36

O CDS-PP repudiou esta quinta-feira as ameaças dirigidas a três deputadas da Assembleia da República e dirigente associativos, apontando o dedo aos “grupelhos de extrema-direita”. O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, espera que quem “covardemente” dirigiu essas ameaças seja “rapidamente” apanhado e levado à justiça e contesta que alguns partidos insistam em “normalizar discursos bárbaros”.

“Espero que quem tão covardemente ameaça e atenta contra a dignidade de qualquer pessoa – portugueses anónimos, deputados ou dirigentes associativos – seja rapidamente apanhado pela Polícia Judiciária [PJ] e levado à justiça”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, após terem sido noticiado que a PJ está a investigar as ameaças dirigidas a três deputadas (Mariana Mortágua, Beatriz Gomes Dias e Joacine Katar Moreira).

As ameaças foram enviadas por email, pela denominada “Nova Ordem de Avis – Resistência Nacional”, para a associação SOS Racismo. Nesse email, as três deputadas são incentivadas a abandonar as suas funções políticas e a deixar o país em 48 horas, sob pena de serem tomadas medidas “contra estes dirigentes e os seus familiares”. As ameaças são também dirigidas a Mamadou Ba, dirigente da SOS Racismo, e a outros seis membros da associação.

“Grupelhos de extrema-direita – alimentados pelo discurso radical de sinal contrário dos movimentos de extrema-esquerda – com as suas agendas racistas, xenófobas e violentas, não podem ser tolerados em Portugal. Uns e outros, que instrumentalizam estes fenómenos para sua afirmação, apesar de representarem uma franja ultra-minoritária da nossa sociedade, devem ser corajosamente reprimidos e censurados”, defendeu o líder do CDS-PP.

O presidente dos democratas-cristãos lamenta ainda que, nos últimos tempos, alguns partidos insistam “em normalizar e acomodar discursos bárbaros, e investido numa guerrilha extremista no seio da nossa vida política e comunitária”. “O resultado está à vista”, notou, salientando que, “pelo CDS-PP, a verdadeira direita dos valores, não passarão”.

Francisco Rodrigues dos Santos referiu ainda que é nos polícias que, “em situações como esta, reside a esperança de que os criminosos serão detidos e que pagarão pelos seus atos”, “ao contrário de quem constantemente despreza politicamente e incita ao ódio contra as nossas forças de segurança, e que hoje reconhece a sua importância”.

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