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CEO da Apple assinou “acordo secreto” de 275 mil milhões de dólares com oficiais chineses para continuar a operar no país

Em 2016, os executivos da Apple ficaram alarmados com as ameaças do governo chinês contra recursos como Apple Pay, iCloud e App Store, o que levou Cook a realizar uma série de reuniões secretas com autoridades de Pequim.
7 Dezembro 2021, 17h36

O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, esteve reunido presencialmente com autoridades chinesas em 2016 e prometeu investir 275 mil milhões de dólares (244,5 mil milhões de euros) na economia local durante um período de cinco anos em troca de Pequim permitir que a fabricante do iPhone continue a operar livremente no continente, avança a “The Information”.

Cook visitou a China em 2016 depois após os órgãos reguladores do governo começarem a aprovar uma série de medidas que dificultaram as atividades da gigante tecnológica no país, de acordo com o “The Information”.

Em 2016, os executivos da Apple ficaram alarmados com as ameaças do governo chinês contra recursos como Apple Pay, iCloud e App Store, o que levou Cook a realizar uma série de reuniões secretas com autoridades de Pequim.

Cook e funcionários do Partido Comunista chegaram a um “memorando de entendimento”, de acordo com o relatório divulgado. Como consequência a Apple prometeu investir 275 mil milhões de dólares (244,5 mil milhões de euros) na economia chinesa durante cinco anos. Para além da permissão de continuar a operar livremente no país, a Apple também recebeu uma série de concessões em troca de isenções regulatórias do governo chinês, informou o “The Information”.

Em maio de 2016, a empresa concordou em investir mil milhões de dólares (889,4 milhões de euros) na Didi Chuxing, uma startup chinesa de partilha de viagens. A gigante norte-americana comprometeu-se a melhorar e expandir o treino de funcionários no país.

O acordo tem o crédito de abrir caminho para o grande sucesso da Apple na China. A empresa registou 14,6 mil milhões de dólares (12,9 mil milhões de euros) em ganhos na China no terceiro trimestre deste ano, um aumento de 58,2% em relação ao período homólogo de 2020.

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