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CEO do BPI: “IA não é comprar um software, é mudar a organização toda”

CEO do BPI alertou que os reguladores vão querer uma “maior granularidade da análise do risco”, com a ascensão da IA.
1 Fevereiro 2024, 14h15

O CEO do BPI considera que a ascensão da Inteligência Artificial (IA) vai criar um novo paradigma nas empresas e vai ser “transformadora” das organizações.

“Vai ter um impacto enorme no sector financeiro. É uma grande ajuda para conseguir abrir um conjunto de temas mais complexos”, disse João Pedro Oliveira e Costa durante o Fórum Banca 2024, organizado pelo Jornal Económico, que teve hoje lugar em Lisboa.

“Nas organizações, a adoção de IA não é comprar software, é mudar a organização toda. Isto é muito transformador”, acrescentou durante a mesa redonda “Inteligência Artificial: revolução ou evolução?”.

João Pedro Oliveira e Costa apontou que uma “organização, que trabalhar 24 sobre 7, tem milhões de dados sistematicamente a circular”.

O gestor considera que, com a IA, a “pressão vai chegar de fora, vai chegar dos reguladores, que querem uma maior granularidade da análise do risco”.

Em termos de implementação, considera que as pessoas vão “começar a estar mais habituadas a estas tecnologias”.

NA sua visão, o IA não vão ser “robots a substituir as pessoas, mas uma ferramenta para ajudar. Vai-nos ultrapassar” para ser usada a “todos os níveis e todos os sectores”.

O líder do BPI avançou que o banco está agora a formar data scientists porque “não conseguimos contratá-los. Foi isso que a Google e a Amazon fizeram”.

Sobre os riscos, considera que existe “medo por uma coisa muito fraca”, mas não descartou os “temas da ética e da proteção de dados, que são fundamentais”.

“Tenho uma visão mais de olhar para a capacidade transformacional, ver o que é possível fazer”, acrescentou.

Na banca, os “impactos transformacionais e exponenciais de ganho e de tal forma que é impossível de ficar indiferente. Não podemos olhar para o lado”.

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