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CIP estima que impulso do início do ano poderá estender-se ao primeiro trimestre

Explica o barómetro do ISEG e da CIP que “após a aceleração do crescimento registada no final de 2023”, este estudo identifica uma evolução positiva em diversos indicadores, apontando para “um impulso ascendente que poderá vir a estender-se ao trimestre”.
27 Março 2024, 19h30

O impulso da economia portuguesa no início do ano poderá vir a estender-se ao trimestre, apesar dos riscos para a atividade económica permanecerem elevados, de acordo com conclusão do barómetro ISEG/CIP revelada esta quarta-feira.

A balança de bens e serviços teve, em janeiro, um saldo positivo de 360 milhões de euros, que compara com o saldo negativo de 127 milhões de euros do mesmo mês de 2023. O Banco de Portugal diz que este “foi o primeiro saldo excedentário num mês de janeiro desde 2016”.

Para este resultado contribuiu a redução de 297 milhões de euros no défice da balança de bens para 1.469 milhões de euros (explicada sobretudo pela redução das importações, de 288 milhões de euros, e pelo aumento das exportações, de 9,0 milhões de euros).

Explica este barómetro que “após a aceleração do crescimento registada no final de 2023”, este estudo identifica uma evolução positiva em diversos indicadores, apontando para “um impulso ascendente que poderá vir a estender-se ao trimestre”.

Destaca a CIP que, em particular, no início do ano, “a indústria decresce menos intensamente, a construção cresce a maior ritmo, a atividade dos serviços recupera face a dezembro, o volume de negócios no comércio a retalho continua a crescer, embora lentamente, a procura automóvel cresce mais intensamente”.

Espera-se, assim, para o primeiro trimestre, uma evolução positiva em cadeia, sobretudo com origem na procura interna, o que deverá assegurar um crescimento homólogo superior a 1% do PIB, destaca o barómetro da CIP.

Já em relação à totalidade do ano de 2024, este barómetro ISEG/CIP “não altera — ainda — a previsão do crescimento se situar no intervalo de 1% a 2%, o que pode acontecer já no próximo mês”. Recorda a Confederação Empresarial de Portugal que “a previsão de crescimento deixada pelo governo cessante aponta para 1,5%; já o programa eleitoral da AD define a meta de 1,6%”.

Rafael Alves Rocha, diretor-geral da CIP, destaca que “o lastro da riqueza criada no último trimestre do ano passado foi determinante para influenciar positivamente este arranque do ano” sendo que a indústria, “no entanto, continua a decrescer, o que reflete as dificuldades e também a incerteza que Portugal enfrenta”.

“Mais do que nunca, todos os atores políticos têm de encontrar plataformas de entendimento capazes de reduzir a indefinição político-partidária e, assim, permitir que o país, em suspenso há já cinco meses, possa voltar a concentrar-se no essencial: a vida dos portugueses e a competitividade das empresas”, conclui o dirigente.

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