A comissão política nacional do PURP aprovou por maioria a nomeação do médico Rafael Macedo para liderar a campanha para as regionais, de acordo com comunicado divulgado no Diário de Notícias da Madeira. O mesmo organismo criticou a decisão e postura tomadas pelos elementos da comissão política regional considerando que têm prejudicado a imagem do partido.
Foi ainda dito pela comissão política nacional do PURP que a “leviana decisão de Edgar Silva e Alexandre Pestana (representantes do partido na região)”, anulando a decisão de 17 de março de 2018 que os tinha nomeado como representantes” na região.
Em declarações à agência Lusa, Edgar Silva explicou que o PURP “não existe como partido na Madeira”, embora tenha “integrado a coligação Funchal Forte” nas últimas autárquicas para a Câmara do Funchal.
“Em termos de continuidade, estamos agora indisponíveis para estas brincadeiras, esta decisão é incompreensível e sem lógica”, declarou, considerando que Rafael Macedo é um “ativo tóxico” para o partido.
“Nós estávamos tentar lançar a ideia e os princípios programáticos do partido na Madeira”, mas face à decisão da comissão nacional do PURP, “o brinquedo está agora nas mãos do militante Macedo, não estamos para levá-lo ao colo”, argumentou.
Edgar Silva realçou que não pretende “tomar qualquer ação” para contrariar a decisão da comissão nacional, até porque o PURP “não tem estrutura na região.
“Ele [Rafael Macedo] que siga o caminho em direção ao precipício de forma solitária”, opinou, concluindo que se a estrutura nacional do PURP aceitou aquela personalidade, não sabe “se o líder é da mesma estirpe”.
Edgar Silva questionou ainda se o objetivo será “meter alguém na Assembleia da Madeira para ter direito a subvenções”.
De referir que Rafael Macedo chegou a coordenar a Unidade de Medicina Nuclear do Serviço Regional de Saúde (SESARAM), e em comissão de inquérito da Assembleia Legislativa da Madeira, acusou alguns colegas de “forte negligência” e de administrarem tratamentos que não eram os mais adequados.
O mesmo médico acusou ainda o SESARAM de estar a reencaminhar para uma clínica privada exames e tratamentos na área da Medicina Nuclear que poderiam ser feitos no SESARAM.
O SESARAM acabou por instaurar um processo disciplinar a Rafael Macedo que teve como consequência o seu afastamento do Serviço de Medicina Nuclear.
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