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Comissão nacional do PURP elege Rafael Macedo para eleições regionais, anteriores líderes afastados

A anterior representação do partido na Madeira diz que está indisponível para esta brincadeira, e que a decisão da comissão política nacional “é incompreensível e sem lógica”. Edgar Silva afirma que Rafael Macedo é um “activo tóxico”. Edgar Silva diz que o “brinquedo está nas mãos” de Rafael Macedo, acrescentando que não está para levá-lo ao colo. “Ele que siga o caminho em direcção ao precipício de forma solitária”, afirmou.
26 Junho 2019, 09h30

A comissão política nacional do PURP aprovou por maioria a nomeação do médico Rafael Macedo para liderar a campanha para as regionais, de acordo com comunicado divulgado no Diário de Notícias da Madeira. O mesmo organismo criticou a decisão e postura tomadas pelos elementos da comissão política regional considerando que têm prejudicado a imagem do partido.

Foi ainda dito pela comissão política nacional do PURP que a “leviana decisão de Edgar Silva e Alexandre Pestana (representantes do partido na região)”, anulando a decisão de 17 de março de 2018 que os tinha nomeado como representantes” na região.

Em declarações à agência Lusa, Edgar Silva explicou que o PURP “não existe como partido na Madeira”, embora tenha “integrado a coligação Funchal Forte” nas últimas autárquicas para a Câmara do Funchal.

“Em termos de continuidade, estamos agora indisponíveis para estas brincadeiras, esta decisão é incompreensível e sem lógica”, declarou, considerando que Rafael Macedo é um “ativo tóxico” para o partido.

“Nós estávamos tentar lançar a ideia e os princípios programáticos do partido na Madeira”, mas face à decisão da comissão nacional do PURP, “o brinquedo está agora nas mãos do militante Macedo, não estamos para levá-lo ao colo”, argumentou.

Edgar Silva realçou que não pretende “tomar qualquer ação” para contrariar a decisão da comissão nacional, até porque o PURP “não tem estrutura na região.

“Ele [Rafael Macedo] que siga o caminho em direção ao precipício de forma solitária”, opinou, concluindo que se a estrutura nacional do PURP aceitou aquela personalidade, não sabe “se o líder é da mesma estirpe”.

Edgar Silva questionou ainda se o objetivo será “meter alguém na Assembleia da Madeira para ter direito a subvenções”.

De referir que Rafael Macedo chegou a coordenar a Unidade de Medicina Nuclear do Serviço Regional de Saúde (SESARAM), e em comissão de inquérito da Assembleia Legislativa da Madeira, acusou alguns colegas de “forte negligência” e de administrarem tratamentos que não eram os mais adequados.

O mesmo médico acusou ainda o SESARAM de estar a reencaminhar para uma clínica privada exames e tratamentos na área da Medicina Nuclear que poderiam ser feitos no SESARAM.

O SESARAM acabou por instaurar um processo disciplinar a Rafael Macedo que teve como consequência o seu afastamento do Serviço de Medicina Nuclear.

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