O Conselho das Finanças Públicas (CFP) reviu em alta as suas estimativas portuguesas para este ano, prevendo agora um crescimento de 4,7% para 2021 e de 5,1% em 2022, depois de uma contração de 7,6% em 2020.
“Esta revisão em alta resulta da “incorporação do contributo da aprovação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), dos desenvolvimentos económicos a partir do segundo trimestre de 2021 e do levantamento das restrições à atividade económica num país com uma das mais elevadas taxas de cobertura vacinal do mundo”, começa por dizer a entidade liderada por Nazaré Cabral.
Em março deste ano, o CFP previa um crescimento económico de 3,3% para a economia nacional (reduzindo a sua previsão inicial de 4,8%), subindo agora em 1,4 pontos a sua previsão para este ano. Esta entidade está assim mais otimista do que as previsões de outras instituições: FMI (3,9%), ministério das Finanças (4%), OCDE (3,7%) e a Comissão Europeia (3,9%). A única estimativa mais elevada é a do Banco de Portugal que estima um crescimento de 4,8%.
No médio prazo, o “crescimento da atividade económica deverá convergir para valores em torno do crescimento do produto potencial (2,0%)”.
No mercado de trabalho, o CFP prevê uma subida do desemprego para uma taxa de 7,3% este ano, estabilizando nos 6,4% em 2025.
O Conselho prevê uma diminuição do défice orçamental dos 4,2% do PIB em 2021 para 1,6% em 2023, e a sua “quase estabilização” em 2024 (1,4%) e em 2025 (1,3%).
Já o rácio da dívida “deverá descer ao longo de todo o horizonte de projeção, antecipando-se que atinja 114,1% do PIB em 2025, diminuindo 19,5 p.p. face ao verificado em 2020, sendo o ritmo de redução mais expressivo no primeiro biénio”.
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