O projeto de alta velocidade ferroviária está a regressar lentamente aos discursos de políticos e técnicos de transportes e mobilidade em Portugal. De um assunto proscrito, banido pelo vendaval de restrições às despesas públicas impostas pela troika para resgatar Portugal da bancarrota financeira a seguir a 2011, o tema tem vindo a ser recuperado de forma tímida, mas consistente ao longo dos últimos anos.
Tem sido o próprio primeiro-ministro, António Costa, quem tem pautado o compasso deste debate, uma vez que os partidos que apoiam o Governo e os da oposição se têm abstido de tomar posições muito firmes sobre esta matéria, escudando-se os primeiros na recusa de qualquer PPP – Parceria Público-Privada (sobre este projeto de investimento ou qualquer outro) e os segundos limitando-se a dizer que o país não deveria embarcar em despesas supérfluas em tempo de crise financeira agravada, destaca o Jornal Económico esta sexta-feira.
Poucos meses depois de tomar posse, e apesar de algumas reversões em relação a decisões tomadas pelo seu antecessor, Pedro Passos Coelho, no setor dos transportes e das infraestruturas, António Costa foi taxativo: “a alta velocidade é um tema tabu neste momento”.
A poucos meses de terminar esta legislatura, na passada quarta-feira, em entrevista ao canal televisivo 11, o primeiro-ministro baixou um pouco o sinal de ‘interdição’ sobre esta questão ao dizer que “é bastante tóxico”. Mas abrindo a porta a um desanuviamento, porque, no seu entender, “a seu tempo, é uma discussão que voltará”.
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