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Crédito a particulares sobe pela primeira vez desde julho. Depósitos também crescem

O crédito ao consumo impulsionou a subida dos empréstimos às famílias. Nos depósitos, no fim de fevereiro, o stock de particulares nos bancos residentes totalizava 181,4 mil milhões de euros, mais 900 milhões de euros do que em janeiro.
28 Março 2024, 12h49

Os empréstimos a particulares registaram um crescimento anual pela primeira vez desde julho de 2023 (0,1%), impulsionado pelos empréstimos ao consumo (que aumentaram 5,6%), avança o Banco de Portugal (BdP) na sua nota de informação estatística de fevereiro de 2024.

Por outro lado, verificou-se também que o crescimento anual dos depósitos de particulares acentuou-se ao passar de 0,3% em janeiro de 2024 para 2,0% em fevereiro.  Ao contrário os depósitos das empresas decresceram, em termos anuais, pelo quarto mês consecutivo (-1,7%); no entanto, essa queda foi inferior à registada em janeiro (-4,8%).

A evolução dos empréstimos e dos depósitos é medida pela taxa de variação anual calculada apenas com base no montante das transações (concessão e amortização/reembolso de empréstimos e depósitos), desconsiderando outros efeitos (por exemplo, cambiais), explica o BdP.

No final de fevereiro de 2024, o montante de empréstimos para habitação totalizava 98,7 mil milhões de euros, em fevereiro, praticamente não se alterando em relação a janeiro de 2024. Estes empréstimos decresceram 1,0% relativamente a fevereiro de 2023, revelam os dados.

Os empréstimos ao consumo atingiram 21,3 mil milhões de euros, mais 100 milhões do que em janeiro de 2024. Estes empréstimos aumentaram 5,6% em relação a fevereiro de 2023.

Já o montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas totalizava 72,7 mil milhões de euros no final de fevereiro de 2024, mais 100 milhões de euros do que no final de janeiro.

Relativamente a fevereiro de 2023, o montante destes empréstimos decresceu 0,8%, representando o menor decréscimo dos últimos 12 meses.

Por dimensão das empresas, o cresceu, em termos anuais, o montante concedido às microempresas (4,4%), enquanto as restantes tipologias (pequenas, médias e grandes empresas) apresentaram taxas de variação negativas no crédito concedido.

Quais os sectores que recorreram mais ao crédito? Segundo o BdP, por sector de atividade, verifica-se que os sectores das indústrias e eletricidade e do comércio, transportes e alojamento registaram taxas de variação anual negativas, de -3,2% e -2,5%, respetivamente (-4,5% e -2,5% em janeiro). Pelo contrário, o sector da construção e atividades imobiliárias apresentou uma taxa de variação anual positiva de 2,1%, superior à registada em janeiro de 2024 (1,1%).

Depósitos a prazo sobem pelo sexto mês

No fim de fevereiro de 2024, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 181,4 mil milhões de euros, mais 900 milhões de euros do que em janeiro de 2024.

Sendo que os depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso) aumentaram 1,4 mil milhões de euros, pelo sexto mês consecutivo.

Relativamente a fevereiro de 2023, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes cresceu 2,0%, apresentando uma taxa de variação anual positiva pelo segundo mês consecutivo.

No conjunto da área do euro, os depósitos de particulares cresceram, em termos anuais, 1,3%. A taxa de variação anual registada para os depósitos de particulares em bancos nacionais ficou, assim, acima da taxa média da área do euro pela primeira vez desde janeiro de 2023.

O stock de depósitos das empresas nos bancos residentes totalizava, no final de fevereiro, 62,8 mil milhões de euros, mais 300 milhões de euros do que em janeiro de 2024. Estes depósitos apresentaram um decréscimo anual de 1,7%, inferior, no entanto, ao verificado em janeiro de 2024 (-4,8%).

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