As previsões de crescimento da OCDE para a zona euro foram revistas em significativa baixa, com o organismo a projetar agora que o bloco da moeda única avance 2,6% este ano, uma redução substancial em relação aos 5,2% antes estimados. Para a economia mundial, a OCDE prevê um crescimento de 3%, o que também constitui uma revisão considerável em relação aos 4,5% estimados anteriormente.
O organismo cita as tensões nas cadeias de abastecimento globais e o aumento dos preços das matérias-primas como os principais fatores a pesar na economia mundial, bem como os confinamentos pandémicos na China.
No caso europeu, o embargo ao petróleo russo deverá agravar o fenómeno dos preços, afetando negativamente o crescimento até ao próximo ano. Assim, a OCDE advoga “ações cuidadosas” na gestão deste problema, apoiando medidas que “limitem os efeitos da subida de preços da energia e dos bens alimentares nas famílias e empresas”, mas sempre com o cuidado de estas não serem distorcionárias.
A estimativa da OCDE é que a inflação na zona euro chegue a 7% este ano, recuando para 4,6% no ano seguinte. Ainda assim, a inflação subjacente deve subir apenas até aos 3,8%, limitando o alcance da variação de preços na economia europeia.
Outro fator a pesar negativamente nas perspetivas económicas europeias prende-se com a subida esperada dos juros pelo Banco Central Europeu (BCE), que gera algumas preocupações de uma possível fragmentação entre os Estados-membros.
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