Desemprego registado no IEFP recua 3% para valor mais baixo em 30 anos no mês de março (com áudio)

O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a recuar, pelo segundo mês consecutivo. O Ministério do Trabalho destaca que o desemprego registado atingiu, assim, o valor mais baixo num mês de março dos últimos 30 anos.

“No fim do mês de março de 2023, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 306.157 indivíduos desempregados. O total de desempregados foi inferior ao verificado no mesmo mês de 2022 (-6,2%) e face ao mês anterior (-3%)”, sublinha o IEFP.

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De notar que o número de desempregados inscritos nestes centros esteve a subir desde o verão do ano passado, durante seis meses consecutivos, até que em fevereiro essa tendência registou uma inversão, e em março a trajetória descendente manteve-se. Há agora, por isso, menos 9.488 desempregados no IEFP do que em fevereiro e menos 20 mil desempregados do que há um ano.

Também ao nível do desemprego jovem, fevereiro trouxe uma descida considerável: em termos homólogos, o número de desempregados jovens inscritos caiu 1,8% e em cadeia baixou 1,2%. Há agora 34.232 jovens inscritos nos centros do IEFP, o que corresponde ao valor “mais baixo de sempre” num mês de março, realça o Ministério do Trabalho.

Por outro lado, quanto ao desemprego de longa duração, março ficou marcado por uma diminuição em cadeia de 2,8% e por um recuo homólogo de 26,7% para 117.527 indivíduos.

Quanto à distribuição geográfica do desemprego registado, em março face a fevereiro, todas regiões viram este indicador descer, com destaque para o Algarve, com um recuo de 22,9%.

Também em termos homólogos a generalidade das regiões registou uma descida do número de desempregados inscritos no IEFP, mas, neste caso, houve exceções. No Alentejo e no Centro, esse indicador piorou 7,2% e 0,7%, respetivamente. Entre as quedas, destaque para a Madeira (32,8%), o Algarve (14,3%) e os Açores (13,9%).

Já a nível sectorial registaram-se descidas em cadeia em todas as atividades económicas: na área agrícola, a quebra foi de 2,8%, no sector secundário foi de 2,2% e no terciário foi de 3,7%).

Importa notar ainda que as ofertas de emprego por satisfazer, no final de março de 2023, totalizavam 16.622, menos 17,6% do que há um ano, mas mais 24,1% do que no mês anterior.

Atualizada às 11h15