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Do “Estado a engordar” a uma “verdadeira irresponsabilidade”. As reações dos partidos ao Programa de Estabilidade

Da esquerda à direita ninguém ficou indiferente ao plano apresentado. Conheça melhor as diferentes posições.
17 Abril 2023, 15h26

O ministro das Finanças apresentou esta segunda-feira o Programa de Estabilidade 2023/2027, no qual prevê que a economia portuguesa cresça mais este ano do que era estimado. Da esquerda à direita ninguém ficou indiferente ao plano apresentado. Conheça melhor as diferentes posições.

PSD diz que Governo coloca “Estado a engordar e devolve poucochinho aos portugueses”

Em conferência de imprensa, o líder do grupo parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, falou na “redução do IRS que o Governo anuncia é aquilo que já estava no programa de Governo, cerca de 200 milhões, por ano”. “Mas é importante recordar que o programa eleitoral do PS foi feito em dezembro de 2021, ainda antes deste processo inflacionista e ainda antes de um aumento absolutamente histórico da receita fiscal”, sublinhou.

Para o PSD este “é um Governo que apesar de continuar a arrecadar cada vez mais impostos só devolve aos portugueses aquilo que já previa no seu programa eleitoral de dezembro de 2022”. “Portanto, é um Governo que coloca o estado a engordar e devolve aos portugueses um poucochinho desse valor”, frisou.

Apesar das críticas, Miranda Sarmento saudou “a reversão do corte nas pensões, lembrando que foi a oposição do PSD que permite hoje aos pensionistas terem essa vitória”.

“Dentro do mal vai ser um bocadinho melhor”, diz IL

Do lado da Iniciativa Liberal, o presidente Rui Rocha disse que não peças aos liberais “para fazer grandes elogios a um governo que tem estes resultados porque de facto não merece isso”

“Aquilo que podemos constatar é que dentro do mal vai ser um bocadinho melhor. As previsões de Fernando Medina têm sido sempre falíveis. As vezes falha porque é melhor, às vezes falha porque é pior. São previsões e o cenário é de insuficiente crescimento económico”, afirmou Rui Rocha

BE diz que programa apresentado é “verdadeira irresponsabilidade”

A coordenadora do Bloco de Esquerda considerou que o programa de estabilidade apresentado pelo Governo é “uma verdadeira irresponsabilidade” e acusou o executivo de “viver num país absurdo”.

“O programa de estabilidade que o Governo apresentou é não só o que qualquer partido da direita apresentaria como é uma verdadeira irresponsabilidade no momento de crise em que vivemos, em que falta tanto na Saúde, nas escolas, na Justiça, nos transportes, e o Governo continua a fazer de conta que vive num outro país que não este”, disse a líder bloquista.

Na perspectiva de Catarina Martins, e de acordo com o cenário apresentado por Medina, a “economia cresce, os preços continuam a subir, mas os salários continuam a perder poder de compra, e sobre isso não há uma única medida eficaz

PCP diz que “Governo vai de encontro, mais uma vez, às imposições da UE”

“O Governo deixa clara a sua opção política, mais uma vez, de ir ao encontro daquilo que são as imposições da União Europeia, com a redução acelerada da dívida e do défice com tudo o que isso implica e com todo o impacto que tem na compressão de salários, pensões, do investimento público, na valorização dos serviços públicos”, sublinhou a líder do grupo parlamentar, Paula Santos, a partir do parlamento.

Segundo Paula Santos “esta é uma estratégia que o Governo tem vindo a adotar para manter uma política com o objetivo de satisfazer Bruxelas e de satisfazer os interesses dos grupos económicos”

“Os salários e as pensões continuam a perder o poder de compra”, apontou ainda.

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