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EDP Renováveis já vale mais que a EDP. Goldman Sachs chama-lhes “campeãs do clima”

A EDP Renováveis já tem uma capitalização bolsista superior à da casa-mãe. Ambas as empresas têm vindo a bater recordes na bolsa de Lisboa. Goldman Sachs aponta que ambas vão estar na linha da frente de empresas a beneficiarem com o Green Deal Europeu.
8 Janeiro 2021, 18h00

O Goldman Sachs colocou o grupo EDP/EDP Renováveis entre os seus “campeões do clima”, isto é, empresas energéticas que vão beneficiar positivamente do Green Deal europeu.

O banco espera que o nível de investimentos no âmbito deste plano atinja os 10 biliões de euros até 2050.

“Isto reflete a estratégia do hidrogénio anunciada pela União Europeia no último verão, o que implica mais renováveis e novos investimento em eletrolisadores”, disse o GS numa análise hoje divulgada.

“O aumento das necessidades de descarbonização na Europa juntamente com um potencial global de políticas carbono zero apontam para uma estimada aceleração de 220% em investimento em infraestruturas limpas para os “campeões do clima” face à taxa atual”, começa por analisar o banco.

“Estimamos uma aceleração do investimento em 325% somente para as renováveis”, conclui.

Entre os “campões do clima”, encontram-se a EDP/EDP Renováveis, a alemã RWE e a italiana Enel. O GS também destaca outras companhias como a britânica SSE, a espanhola Iberdrola, a dinamarquesa Orsted, ou a francesa Engie.

O futuro parece assim risonho para a elétrica portuguesa. A EDP Renováveis tem vindo a bater recordes em bolsa e atingiu hoje um novo recorde: 26,40 euros durante a negociação na bolsa de Lisboa. A cotada já valorizou 153% no espaço de um ano e vale 22,72 mil milhões de euros.

Também o grupo EDP atingiu hoje um recorde: 5,66 euros durante a negociação no PSI 20. A elétrica nacional já valorizou 49% no espaço de um ano, valendo agora 22,29 mil milhões de euros.

O plano conhecido como Green Deal Europeu tem como objetivo atingir reduzir as emissões poluentes a zero até 2050; até 2030 o objetivo é reduzir 55% face a níveis de 1990.

Este plano visa três grandes pilares: investimento privado para energias renováveis e na expansão de redes; investimentos na eficiência energética; apoios públicos, como para comprar carro elétrico, por exemplo.

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