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Emissões de gases poluentes: Fiat Chrysler condenada a pagar 800 milhões de dólares

Departamento da Justiça norte-americano afirma que este acordo não resolve a investigação criminal apontado à Fiat Chrysler pela sua conduta.
10 Janeiro 2019, 19h24

A companhia Fiat Chrysler concordou com o Departamento de Justiça norte-americano em pagar 800 milhões de dólares, o que equivale a cerca de 700 milhões de euros, por usar software ilegal que permitiu obter falsos resultados nas emissões de gases poluentes. A agência Reuters declara que o Estado da Califórnia também vai ter de ser indemnizado e os carros vão ter de voltar à marca para o problema poder ser resolvido.

O mútuo acordo inclui o pagamento de 270 milhões euros em penalidades civis, mais de 245 milhões para resolver o problema nos veículos e a extensão das garantias dos automóveis deve custar perto de 87 milhões de euros. As alterações vão ser realizadas em 104 mil veículos movidos a diesel pertencentes à empresa Fiat Chrysler, sendo que os veículos serão modelos entre 2014 e 2016. Num comunicado, a empresa afirmou que “mantém a sua posição e que não participaram em nenhum esquema propositado para instalar dispositivos que defraudem os testes das emissões poluentes”.

Ainda estimulado no acordo, está o pagamento de 17 milhões de euros ao Estado da Califórnia, pelo excesso de emissões que foram lançadas para a atmosfera. O grupo alemão Bosch vai ter de pagar mais de 23 milhões de euros, por terem fabricado componentes para os carros, para resolver as queixas feitas pelos responsáveis dos veículos. Os donos dos veículos deverão receber uma indemnização de dois mil e 500 euros para fazerem uma atualização ao software que provoca as emissões.

O Departamento da Justiça norte-americano afirma que este acordo não resolve a investigação criminal apontado à Fiat Chrysler pela sua conduta. Andrew Wheeler, administrador do Agência de Proteção Ambiental americana, refere que a “Fiat Chrysler enganou os consumidores e o governo federal ao instalar o programa de forma ilícita nos veículos o que acabou por afetar as leis de proteção do ar”. A esta empresa pertencem marcas como a Fiat, Alfa Romeo, Lancia, Chrysler e Jeep.

Esta decisão vem depois de, também, a Volkswagen ter sido multada em mais de 21 mil milhões de euros pela fraude no programa de emissões. O valor deste acordo vai permitir resolver as reclamações dos proprietários dos veículos, dos governos, agências reguladores e de diversos concessionários, bem como pagar as alterações que têm de ser realizadas aos veículos. O grupo Volkswagen admitiu, em 2015, ter equipado mais de 11 milhões de viaturas com este problema informático.  O caso ficou conhecido em todo o mundo como “Dieselgate”.

Além da investigação contínua a estas duas empresas, sabe-se que as autoridades dos Estados Unidos da América também estão a investigar o grupo Daimler, do qual fazem parte a Mercedes-Benz e a Smart.

 

 

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