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Empresas alemãs em Portugal apresentam défice de mulheres em cargos de liderança

Um estudo da farmacêutica Merck, que abrange 88% das empresas alemãs com subsidiária no nosso país, revelou que 77% do top management destas empresas é do género masculino, face a 18% das mulheres.
26 Fevereiro 2024, 11h48

Um estudo da farmacêutica Merck, assinalando o 90º aniversário da sua presença em Portugal, que abrange 88% das empresas alemãs com subsidiária no nosso país, revelou que 77% do top management destas empresas é do género masculino, face a 18% das mulheres.

O estudo que pretendeu avaliar o estado atual dos conceitos Diversidade, Equidade, Inclusão (DE&I) nas empresas, que foi realizado pela MOAI Consulting com o apoio da Merck e da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, inquiriu 22 participantes com cargos de liderança que representam cerca de 25 mil colaboradores em Portugal, sublinha que os conceitos DE&I são uma prioridade para homens e mulheres, sendo que  a percentagem feminina atinge os 100% e a masculina fica-se pelos 88%.

“A totalidade dos inquiridos alemães considera estes conceitos prioritários, comparando com 82% dos portugueses”, diz o estudo.

Os dados indicam ainda que 75% das mulheres “não têm dúvidas” que os conceitos DE&I “devem ser considerados uma prioridade” enquanto que entre os homens a percentagem fica em 53%.

O estudo refere que a faixa etária dos 56-65 anos “é a que menos prioriza” os conceitos de DE&I (71%), sendo os mais jovens (dos 35-45 anos) os que mais importância lhes dão (100% de prioridade).

“Na Merck dizemos que os líderes têm de dar o exemplo. DE&I não pode ser um “nice to have” mas sim um “must have”. Não podemos fechar os olhos às necessidades atuais e ao fazermos estes estudos e atuarmos internamente com os nossos colaboradores estabelecendo metas, mostramos o quão empenhados estamos em fazer a diferença dentro da Merck, mas também queremos aprender e influenciar positivamente as outras empresas deste e de outros sectores. A Merck, no ano em que assinala os 90 anos em Portugal, tem orgulho em afirmar que emprega um número ligeiramente superior de mulheres do que de homens e que tem total paridade em cargos de liderança, o que advém da convicção de que a paridade faz as empresas prosperarem. O evento que vamos realizar pretende ser um fórum de debate para este tema e para outros que são uma preocupação da empresa, tal como os cuidadores informais. Esperamos que este estudo, e esta iniciativa, seja o primeiro passo para uma mudança necessária”, disse o diretor-geral da Merck, Pedro Moura.

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