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Exército precisa com urgência de mais quatro mil militares

A nova Lei de Programação Militar permitirá reequipar as Forças Armadas, admitiu o almirante Silva Ribeiro em Lisboa, na SEDES, na apresentação do tema “As Forças Armadas no século XXI: Perspetiva Estratégica”.
17 Maio 2019, 07h48

A Defesa vai dispor de mais de 4,74 mil milhões de euros até 2030 para reequipar as Forças Armadas – num valor global, acrescido das verbas comunitárias da Cooperação Estruturada Permanente (PESCO), que deverá rondar os 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Durante uma apresentação-debate efetuada esta semana na sede da SEDES, em Lisboa, em entrevista ao Jornal Económico, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), almirante António Silva Ribeiro, defendeu que estas verbas devem servir para promover a indústria e as universidades portuguesas e para repor efetivos e compensar a falta de militares sentida nos três ramos das Forças Armadas.

A Lei de Programação Militar (LPM), agora aprovada no Parlamento, será um primeiro passo no sentido das Forças Armadas conseguirem ultrapassar problemas orçamentais? Partindo do princípio que depois não terão cativações…

A LPM é uma excelente lei e prevê mecanismos que não têm cativações. As cativações não são aplicáveis à LPM e isso dá-nos de facto garantias que estes programas de reequipamento tão importantes para a Força Aérea – veja os programas dos novos KC-390, que deverão substuir os nossos C-130, que são aviões que vieram para Portugal quando eu acabei a Escola Naval, em 1978, e que estão em fim de vida, já com uma manutenção muito difícil. Mas também são importantes para o Exército, com os programas do equipamento do soldado do futuro, além de outros programas para quadriénios subsequentes, e igualmente para a Marinha, permitindo a construção de seis navios-patrulha…

Terão um total de dez…

Sim, para ficarmos com um total de dez navios-patrulha. Bem como a modernização das fragatas Vasco da Gama e a nova capacidade de ciberdefesa, ao nível do EMGFA. Esta LPM representa um grande esforço que o país está a fazer no sentido de manter as capacidades militares adequadas ao que nós necessitamos para cumprirmos as nossas missões.

Também pressupõe apoios comunitários. As verbas da LPM serão complementadas com fundos da União Europeia?

Poderão ser complementadas pelos fundos comunitários. A União Europeia tem previstos mais de 20 mil milhões de euros para uma primeira fase dos projetos PESCO [acrónimo inglês para Cooperação Estruturada Permanente]. Mas a atribuição ainda não está feita…

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