De janeiro a agosto deste ano, as vendas de componentes automóveis ao exterior, de acordo com os dados apurados pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA ), atingiram os 5,5 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 8% em relação a igual período do ano passado. Desde o início da década, este indicador já subiu cerca de 67%.
O setor representa cerca de 14% do total das exportações nacionais – numa tendência que apresenta uma tendência de crescimento, colocando a indústria num lugar de destaque no conjunto das exportações nacionais.
A União Europeia continua a ser o bloco económico para onde vai a grande maioria das exportações do setor: cerca de 90%, com uma taxa de crescimento fixada nos 8,7%. O resto do mundo responde por apenas 10%, com uma taxa de crescimento da ordem dos 3,2%.
O mercado espanhol – onde estão concentrados alguns dos clusters mais importantes da indústria automóvel –, nomeadamente em Vigo e na Catalunha, continua a ser aquele que maior produção industrial adquire a Portugal. Entre janeiro e agosto, Espanha absorveu 9,8% das exportações de componentes automóveis nacionais, com um volume de negócios que ascendeu aos 1,3 mil milhões de euros.
Logo a seguir surge o mercado alemão, que absorveu 1,15 mil milhões. Mas este mercado cresceu acima do espanhol: 13% no período em referência.
O mercado francês expandiu 5,6%, para os 786 milhões de euros. Movimento contrário aconteceu no Reino Unido, cujo mercado absorveu apenas 556 milhões de euros, o que representa uma queda de quase 12%. O motivo parece claro: tal como vai sucedendo um pouco por todo o continente, os industriais vão reduzindo a sua exposição ao mercado do Treino Unido, numa fase em que as negociações do Brexit estão numa fase pouco clara.
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