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“Foi poucochinho”, diz líder da CIP sobre apoio às empresas no OE2021

António Saraiva explicou que caso a apresentação das medidas para empresas tivesse acontecido na primeira versão do Orçamento do Estado, e não três semanas após a divulgação do documento, tinha gerado menos críticas ao Governo por parte das empresas.
  • Cristina Bernardo
12 Novembro 2020, 11h00

O presidente da Comissão Especializada de Política Económica e Social e também presidente da CIP, António Saraiva, disse no parlamento que o apoio destinado às empresas no Orçamento do Estado de 2021 “foi poucochinho” e que esperava mais, especialmente porque este chegou tardiamente, uma vez que Portugal ultrapassa uma crise transversal a todos os setores.

“Foi entendido que o apoio às empresas foi anunciado tardiamente porque devia estar contido no Orçamento do Estado”, disse António Saraiva na Assembleia da República enquanto falava na qualidade de presidente da Comissão Especializada de Política Económica e Social do Conselho Económico e Social (CES), não tendo existido inicialmente o equilíbrio que se falava entre os apoios destinados às famílias e às empresas.

António Saraiva foi mais longe e explicou que caso a apresentação das medidas para empresas tivesse acontecido na primeira versão do Orçamento do Estado, e não três semanas após a divulgação do documento, tinha gerado menos críticas ao Governo por parte das empresas.  Assim, perante os apoios às famílias e às empresas, a Comissão Especializada de Política Económica e Social considera que se verificou um “apoio desequilibrado”.

Uma das medidas mais importantes que deve constar neste apoio é “o apoio à manutenção do emprego”, para que as empresas preservem o emprego apesar da crise. De acordo com o também presidente da CIP, é um “grande desafio para que o desemprego não assuma números incomportáveis” para a economia e para a sociedade.

António Saraiva declarou que as “desigualdades ainda gritantes têm de ser resolvidas” com rapidez, uma vez que as empresas de diversos setores estão a sofrer com a pandemia da Covid-19. “Tal como uma empresa não pode depender de um só clientes, o país não pode depender só de um setor”, terminou o presidente da Comissão Especializada de Política Económica e Social.

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