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Francesa Back Market encaixa mais 450 milhões para aumentar vendas de iPhones recondicionados

O unicórnio de Paris, que tem negócios em Portugal desde maio, está agora avaliado em 5,1 mil milhões de euros, depois de fechar uma ronda de investimento série E.
11 Janeiro 2022, 18h53

O unicórnio francês Back Market, que vende equipamentos tecnológicos recondicionados, fechou uma ronda de investimento série E, no valor de 510 milhões de dólares (cerca de 449 milhões de euros) e aumentou a avaliação para 5,1 mil milhões de euros. A empresa de Paris, que investiu em Portugal no ano passado, tornou-se a startup mais valorizada do sector tecnológico gaulês e pretende consolidar o negócio na Europa e noutros continentes.

O novo financiamento foi liderado pelas sociedades britânicas Sprints Capital e Generation Investment Management, pelas francesas Eurazeo e Aglaé Ventures e pela norte-americana General Atlantic, contando ainda com os investidores atuais. Com o capital, a empresa quer escalar o mercados dos aparelhos tecnológicos (iPhones, tablets da Samsung, portáteis da HP…) que foram utilizados ou expostos em loja e são vendidos a preços mais baixos e com garantia de dois anos.

“O nosso objetivo é fazer dos aparelhos eletrónicos recondicionados a primeira escolha para as compras de tecnologia. Esperamos assistir ao mesmo desenvolvimento, neste mercado, do que aquele a que assistimos no mercado de automóveis em segunda mão, onde as vendas destes veículos aumentaram em comparação com as vendas de automóveis novos”, afirma o cofundador e CEO do Back Market, Thibaud Hug de Larauze, em comunicado, divulgado depois de o “Wall Street Journal” avançar a notícia.

O objetivo é tornar a tecnologia circular dominante na hora de fazer compras, até porque a taxa média de defeitos na sua plataforma desceu para 4% e aproxima-se da percentagem dos novos (3%). Além disso, os empreendedores franceses acreditam que o prolongamento da vida útil dos smartphones e de outros aparelhos eletrónicos pode ter um impacto significativo no combate às alterações climáticas porque, de acordo com os dados das consultoras Kantar e The Shift Project, um em cada cinco consumidores adotou hábitos mais sustentáveis desde o início da pandemia e 90% da pegada de carbono de um dispositivo eletrónico provém do seu processo de fabrico.

O CEO da empresa diz que os clientes são “imediatamente direcionados para os vendedores com melhor desempenho no nosso mercado, para qualquer dispositivo específico que procurem”. “A qualidade dos vendedores é monitorizada através de mais de 20 métricas”, revelou Thibaud Hug de Larauze.

A Back Market – que diz “brand new, no thank you” – tem mais de seis milhões de clientes em todo o mundo e está presente em 13 países, entre os quais a Alemanha, onde vai investir 60 milhões de euros para operações e pretende triplicar o tamanho da equipa.

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