O gás natural é o produto energético que mais crescerá entre as fontes primárias de energia nos próximos anos, sendo permanentemente fonte de aquisições e arranjos societários. O mais recente desenvolvimento no setor envolve dois gigantes franceses: a Total e a Engie, antiga GDF SUEZ.
O acordo entre os dois grupos envolve 1.500 milhões de dólares (1.278 milhões de euros ao câmbio atual), que poderão vir a ser acrescidos de 550 milhões de dólares (426 milhões de euros) caso se verifique uma melhoria no mercado mundial de petróleo no próximo ano.
O negócio dará à Total 10% do mercado mundial de Gás Natural Liquefeito (GNL), garantindo-lhe um aumento da sua participação no mercado norte-americano em 16,6% (projeto Cameron LNG da Engie), revelou o CEO, Patrick Pouyanne.
Após a transação, a capacidade de liquefação da Total crescerá para 23 milhões de toneladas anuais no Médio Oriente, Austrália, Rússia e Estados Unidos.
Os contratos de comercialização de longo prazo representarão 28 milhões de toneladas anuais e 18 milhões de toneladas anuais de regasificação na Europa e uma frota de 18 navios-tanque de GNL.
Há menos de um mês, a Engie foi dada pela agência Bloomberg como estando a ponderar o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a EDP Renováveis, no valor de 7,3 mil milhões de euros. Questionada, na ocasião, pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a francesa esclareceu que “como uma das maiores elétricas europeias, com operações globais, está sempre a avaliar oportunidades de investimento”. Dito isto, precisou: “A Engie gostaria de deixar claro que não tomou nenhuma decisão em relação à EDP Renováveis e atualmente não está a preparar o lançamento de nenhuma oferta de aquisição de ações da EDP Renováveis.”
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