A economia portuguesa está a reabrir, mas os gastos dos consumidores ainda não voltaram aos níveis pré-confinamento. O volume das despesas permanece 47% abaixo da média semanal registada nos dois primeiros meses de 2020, apesar de em maio ter recuperado cerca de cinco pontos base (p.b.) em relação ao período de confinamento.
Os números constam da primeira edição do estudo “Tendências de Consumo” da Unido, a aplicação do banco WiZink, que pôs à lupa as compras com cartão, os levantamentos em caixas automáticas (ATM), os débitos diretos em conta (hipotecas, créditos, seguros…), pagamento de impostos, comissões e juros e transferências associadas a pagamentos em Portugal.
“A semana que precedeu a declaração do estado de emergência ficou marcada pelo forte aumento da procura nos supermercados, farmácias e nos produtos e serviços de beleza. Já o período de confinamento assistiu ao aumento expressivo do consumo de jogos, consolas, eletrodomésticos e computadores. Beleza [20 p.b.] restauração [17 p.b.] e vestuário [13 p.b.] são agora os que mais recuperam”, pode ler-se no documento divulgado esta quinta-feira.
Enquanto agregadora financeira do WiZink, a Unido observou os padrões de consumo nacional e concluiu que – sem surpresas – as categorias de eletrodomésticos e computadores e de jogos e consolas tiveram uma procura superior à de janeiro e fevereiro, tendo em conta que estudantes e trabalhadores passaram a ter escola e a desenvolver a sua atividade em casa. Com base nos dados da app, o consumo chegou a subir quase metade (50%) durante a quarentena.
Nessa altura, as despesas no supermercado não sofreram alterações significativas, tendo registado uma diminuição de, em média, 8% (exceção feita à semana em que foi declarado o estado de emergência nacional, em que os portugueses ‘correram’ às prateleiras do supermercado). Em relação aos combustíveis, o consumo fixa-se agora perto dos 50% quando comparado com os valores registados no pré-confinamento.
Notícia atualizada às 14h58
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