A Fundação Calouste Gulbenkian perdeu 22% do património, em termos reais, em 10 anos, entre 2006 e 2016, noticia o jornal “Público”, na edição desta quarta feira.
Esta conclusão é retirada de uma análise feita pelo próprio jornal aos relatórios e contas anuais da instituição.
“No ano de 2006, ponto de partida para esta análise, o fundo de capital situava-se em 2.767 milhões de euros. Se se tivesse mantido este valor, actualizado apenas pela inflação, o fundo de capital deveria chegar a 3.149 milhões de euros em 2016, mas ficou nos 2.532 milhões, portanto, 22% por cento menos de património do que uma década antes, em termos reais”, explica o jornal.
Esta evolução é justificada, especialmente em 2008 e 2015, anos marcados pela crise do subprime e pela queda das cotações e do petróleo. “Por estes cálculos, em nenhum ano a fundação conseguiu recuperar património face a 2006”, acrescenta o “Público”.
Contactada pelo jornal, a Fundação Calouste Gulbenkian diz que “o ponto de partida [da análise em] 2006 é um ponto anormalmente alto, já que apanha um crescimento elevado da carteira que vai de 2002 a precisamente 2006”. Nos quatro anos anteriores, acrescenta, o fundo de capital “passou de 2117 milhões de euros (a preços correntes) para 2767 milhões de euros”. Alargando-se a análise a mais estes quatro anos, “o valor do fundo mantém-se sensivelmente inalterado”.
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