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Índia. Desemprego jovem em massa compromete crescimento económico

O crescimento económico da Índia depende da forma como abordar a questão demográfica. O país mais populoso do mundo tem de conseguir criar empregos para um número cada vez maior de trabalhadores jovens.
  • Créditos: D.R.
30 Maio 2023, 11h40

O desemprego juvenil é o grande desafio que se coloca à Índia, que, em breve, se assume como o país mais populoso do mundo deixando para trás a China, com quem vinha num mano a mano.

Juventude significa crescimento económico e futuro, mas é preciso que haja trabalho e os jovens possam desenvolver o seu potencial e traduzi-lo em riqueza.

Dados do Center for Monitoring Indian Economy (CMIE), citados esta terça-feira pelo espanhol elEconomista.es, revelam que cerca de 40% da população da Índia tem menos de 25 anos, dos quais 45,8%, estavam desempregados em dezembro de 2022.

O problema é justamente o inverso do que ocorre na China.

Enquanto na China, o receio é de que não haja trabalhadores suficientes para garantir o número de idosos em crescimento, na Índia, a preocupação é de que os empregos não sejam suficientes para responder ao número crescente de potenciais trabalhadores jovens.

Na abordagem ao problema demográfico, a Índia tem várias opções, segundo os economistas do centro de investigação económico Capital Economics, citado pelo elEconomista.es. Uma é potenciar o desenvolvimento da manufatura, já competitivo a nível mundial, mas com pouca expressão: em 2021 representou menos de 15% do emprego no país.

Uma política educativa apoiada e financiada é outra opção apontada pela mesma fonte. Na Índia, o salário médio está em tornos dos 225 dólares/mês e a propina no ensino superior oscila entre os 145 e os 1.872 dólares. A função pública é o melhor exemplo. Todos os anos, há mais de um milhão de candidatos a empregos no sector, que é uma das saídas profissionais mais procurados.

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