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Investigação à campanha eleitoral de Pedro Passos Coelho está parada há sete anos

A investigação da Procuradoria-Geral da República abarca indiciações de crimes de corrupção ativa e passiva, branqueamento de capitais e recebimento indevido de vantagens e fraude fiscal relativamente à construção da barragem da EDP em Torre de Moncorvo.
  • Pedro Passos Coelho
22 Dezembro 2023, 10h00

A última campanha eleitoral de Pedro Passos Coelho está a ser investigado pelo Ministério Público há sete anos mas as investigações estão paradas, mesmo com informações vindas das autoridades brasileiras. Noticia o “Diário de Notícias” que o processo 1441/17 investiga a suspeita da campanha eleitoral do PSD, em 2015, ter sido financiada com “luvas” pagas pela construtora brasileira Odebrecht, enquanto contrapartida da construção da barragem da EDP em Baixo Sabor.

Esta barragem em Torre de Moncorvo foi construída em consórcio pela brasileira Odebrecht e a portuguesa Lena. A investigação da Procuradoria-Geral da República abarca indiciações de crimes de corrupção ativa e passiva, branqueamento de capitais e recebimento indevido de vantagens e fraude fiscal.

Volvidos sete anos desde o início da investigação, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) ainda não deu a conhecer arguidos no processo. Apesar disso o DCIAP garante à publicação que a investigação continua a marcar passo, apesar de não ter “sido proferido despacho final”, existindo cooperação judiciária entre Portugal e Brasil.

De relembrar que o Ministério Público suspeita que a Odebrecht terá distribuído “luvas” de 4,7 milhões de euros em Portugal para obter a adjudicação da obra em Moncorvo. Ora, cerca de 870 mil euros terão, segundo as mesmas suspeitas, servido para financiar a campanha eleitoral do PSD, então liderado por Passos Coelho.

Importa ainda lembrar que a Odebrecht foi uma das empresas atingidas pela Operação Lava-Jato, conhecida como uma das maiores iniciativas de combate à corrupção e lavagem de dinheiro do Brasil.

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