A ação direta do Irão sobre Israel durante o fim-de-semana gerou temores de mais uma escalada, “mas a ausência de uma crise total na região” leva Gregor Hirt, analista da Allianz Global Investors, a afirmar que “achamos que os impactos sobre os mercados financeiros serão contidos”. O analista admite que “o receio é que a ação do Irão possa levar a uma nova escalada perigosa na região, justificando um aumento da probabilidade de uma crise total” – mas, por outro lado, há alguns elementos “tranquilizadores”, “indícios de que qualquer retaliação pode pelo menos ser medida” no quadro de contenção. “E os Estados Unidos, o país aliado mais importante, disse que não vai participar de qualquer retaliação”.
Apesar de tudo, e neste quadro, nem tudo pode ficar na mesma: “os mercados de commodities poderão ser o veículo transmissor mais direto das tensões”, o que leva Hirt a confirmar que “esperamos que os preços do petróleo e seus derivados aumentem ainda mais nas próximas semanas”.
Mas, por outro lado, “o conflito pode ajudar a criar pontos de entrada nos mercados de ações, embora os títulos do Tesouro norte-americanos também possam beneficiar por serem uma espécie de porto seguro” em tempos de crise.
Com interesses e baixas humanas muito limitadas, o caminho para uma potencial baixa da tensão pode estar em vista. Sendo assim, o research, assinado pelo analista da Allianz, conclui afirmando que “o ataque do Irão a Israel aumentou os receios de um conflito mais amplo, mas uma guerra alargada na região não é o nosso cenário-base”.
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