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João Galamba diz que nova meta do défice “não se traduz” em “aumento do esforço de consolidação orçamental”

“Os bons resultados orçamentais de 2017 permitiram um reforço dos serviços públicos em 2018, porque a despesa prevista este ano foi reforçada em alta”, ressalva João Galamba, deputado e porta-voz do PS. “Toda a redução do défice em 2018 é exclusivamente explicada pela redução da despesa com juros”, garante.
13 Abril 2018, 21h52

“Os bons resultados orçamentais de 2017 permitiram um reforço dos serviços públicos em 2018, porque a despesa prevista este ano foi reforçada em alta”, começa por afirmar João Galamba, deputado e porta-voz do PS, na reação à entrega do Programa de Estabilidade para 2018-2022 na Assembleia da República.

“Apesar das metas mais baixas do défice para 2018, isso não se traduz, de maneira alguma, num aumento do esforço de consolidação orçamental e de redução do défice”, assegura Galamba. “O que acontece, isso sim, é que devido ao bom resultado do ano de 2017, nós podemos fazer um esforço menor do que estava previsto em 2018”.

“E há dois indicadores muito importantes sobre isto”, prossegue o deputado socialista. “O primeiro é: o saldo primário baixa. Nós atingimos um saldo primário de 3%, ele baixa para 2,8% em 2018. E portanto, o que isso significa é que toda a redução do défice em 2018 é exclusivamente explicada pela redução da despesa com juros”.

“Esta, para o PS, é a notícia mais importante do Programa de Estabilidade. Porque inverte completamente a perceção que está criada, de que um défice mais baixo implica sacrifícios maiores, um esforço maior… Não, acontece exatamente o oposto. Por causa do excelente resultado de 2017, o ano de 2018 acaba por ter uma redução do défice menor do que era previsto, porque não é preciso reduzir tanto, mas sobretudo feito não por reduções da despesa – aliás, a despesa é revista em alta -, mas sim porque a boa gestão orçamental e financeira deste Governo, e já agora desta maioria, permitiram poupanças de juros tais que, no ano de 2018, nós baixaremos o défice exclusivamente devido às poupanças com juros”, sublinha.

Nesse mesmo sentido, Galamba argumenta que “o projeto de resolução [anunciado pelo BE] parte de um equívoco, porque pressupõe que as metas mais baixas do défice implicam sacrifícios maiores e um esforço maior de consolidação”.

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