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Leão diz que Governo está aberto a negociar mas não prevê “alterações ao fator de sustentabilidade” da Segurança Social

Ministros das Finanças destaca que os incentivos fiscais têm de ser alinhados com as preocupações de longo prazo do país. “Se for olhar para a receita, o peso da receita de impostos no PIB vai reduzir significativamente no próximo ano”, afirmou, em entrevista à TVI.
  • Cristina Bernardo
12 Outubro 2021, 21h38

O ministro das Finanças voltou esta terça-feira a recusar responder se o Governo vai atualizar as tabelas de retenção do IRS (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares) à taxa de inflação esperada para o próximo ano – de 0,9% – mas revelou que “não estão previstas alterações ao fator de sustentabilidade” da Segurança Social.

Em entrevista à TVI, João Leão afirmou apenas que o Governo está aberto a negociações em relação a essa atualização do imposto. Segundo o ministro, há um trabalho a ser feito para que a reforma do pacote do IRS surja também com o desagravamento em sede de retenções na fonte.

“Se for olhar para a receita, o peso da receita de impostos no PIB vai reduzir significativamente no próximo ano”, afirmou, em declarações ao canal da Queluz de Baixo.

Questionado sobre se faz sentido falar em descida generalizada de impostos quando quem ganha 1.000 euros por mês poupa 34 cêntimos por ano, o ministro sinalizou que essa é uma leitura redutora da redução de impostos porque há também majoração de abonos para as famílias, entre outras medidas de apoio.

“A medida é mais abrangente e tem outras dimensões, como o IRS Jovem. É uma alteração que surge da anterior, de cinco para sete escalões, e sete agora de para nove escalões”, disse João Leão, horas depois de apresentar a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

“Reduzir os impostos em IRS e aumentar de forma significativa os apoios em sede de abono de família e majorações fiscais, alinhado com os objetivos estratégicos ambientais e demográficos. O país tem um desafio ambiental e demográfico. Temos de alinhar os incentivos fiscais com as preocupações de longo prazo do país”, declarou o ministro das Finanças.

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