[weglot_switcher]

Leo Varadkar: um conservador demasiado liberal

A Irlanda mistura um forte pendor liberal em termos económicos com um catolicismo romano que parece ancorar a sociedade numa Idade Média que desapareceu há uns bons séculos.
  • Ireland’s Taoiseach (Prime Minister) Leo Varadkar arrives to speak to the media as he announces his resignation, in Dublin, Ireland March 20, 2024. REUTERS/Damien Eagers
24 Março 2024, 19h00

Na Irlanda, esse paraíso empresarial e de investimento direto estrangeiro – segundo rezam crónicas que pecam sempre por insuficientes – há qualquer coisa de medieval que se mantém numa sociedade que parece teimar em misturar os liberalismos mais keinesianos com um catecismo bafiento e imprudentemente envelhecido, como se o Papa Leão XIII tivesse sido o escriba de serviço da Constituição.

Por estes dias, num duplo referendo – que não por acaso foi realizado no Dia Mundial da Mulher – mais de 67% dos cidadãos rejeitaram a proposta que pretendia alargar o conceito de família para além da noção de casamento intersexual e mais de 73% votaram contra o texto que pretendia retirar da Constituição o papel prioritário das mães na garantia dos “deveres domésticos” no lar – presume-se que educar os filhos, passar a ferro, não deixar queimar o estrugido, manter o pó afastado dos bibelôs e cumprir com as determinações das sensualidades do homem da casa.

Isto, claro, num ambiente onde as empresas parece que pagam 15% de IRC e ao investimento direto estrangeiro sobeja-lhe tempo para combinar taxas adequadas no remanso dos gabinetes ministeriais.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.