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Líder parlamentar do CDS-PP junta Marcelo e Rio aos “colaboradores e aliados” de António Costa

Telmo Correia disse ainda que a pandemia de Covid-19 exacerbou “duas das maiores especialidades do PS e do Governo, a retórica socialista e estatista e a propaganda sem limites”.
  • Cristina Bernardo
24 Julho 2020, 13h34

O líder do grupo parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, apontou Marcelo Rebelo de Sousa e Rui Rio como “colaboradores e aliados” do primeiro-ministro António Costa durante a sua intervenção no debate do Estado da Nação, que decorreu na manhã desta sexta-feira. Referindo-se à alteração de regimento da Assembleia da República aprovada na véspera com os votos favoráveis da maioria dos deputados do PS e do PSD, e oposição de todos os outros partidos, o deputado centrista descreveu essa “votação de bloco central” como o resultado de um “gigantesco monólito” ou “maciço central” que estará a provocar uma “asfixia democrática”.

“No topo do monólito está cada vez mais sozinho e isolado o primeiro-ministro, que só vê colaboradores e aliados para onde olha, mesmo na chefia da oposição e até na chefia do Estado”, disse Telmo Correia, juntando o líder social-democrata e o Presidente da República, que teve o apoio dos centristas em 2016, aquando da sua eleição para o Palácio de Belém, a um rol de “colaboradores e aliados” de António Costa em que o centista duvida que haja espaço para os países da “ex-geringonça”, aos quais o primeiro-ministro lançou o apelo para um entendimento duradouro logo no início do debate.

Sem esquecer agradecimentos irónicos ao primeiro-ministro por “ter perdido a manhã para estar aqui connosco quando poderia estar a trabalhar, como diria o dr. Rui Rio”, Telmo Correia começou a sua intervenção dizendo que a pandemia de Covid-19 exacerbou “duas das maiores especialidades do PS e do Governo, a retórica socialista e estatista e a propaganda sem limites”.

Dizendo que a avaliação do Estado da Nação “é indissociável, para o bem e para o mal, da forma como o país enfrentou e está a enfrentar a pandemia”, elogiou sobretudo a “forma exemplar como os portugueses reagiram civicamente à pandemia”. “O povo foi mais sagaz do que quem o governa”, sentenciou o líder parlamentar do CDS-PP.

Recordando que “muita coisa faltou nos lares, nos hospitais e aos profissionais de saúde” e concordando que o confinamento e a declaração do estado de emergência foram decisões corretas”, Telmo Correia lembrou que vários países com governos de centro-direita “tiveram resultados muito melhores do que Portugal” na contenção da Covid-19.

Segundo o deputado centrista, “desconfinámos sem cautelas, sem a realização massiva de testes, sem a famosa aplicação, sem cuidados nos transportes públicas e sem a diferenciação geográfica que se impunha”.

 

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