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Lisboa encerra no ‘vermelho’ e mercados europeus tremem perante tensão no Médio Oriente

Entre as mais importantes bolsas europeias o sentimento foi negativo, em face dos números pouco animadores divulgados pela China, a par da tensão que se adensa entre os países do Médio Oriente. O PSI não escapou às perdas.
17 Abril 2024, 07h30

A Mota-Engil e o Millenium BCP foram protagonistas das quedas mais acentuadas na sessão de terça-feira do índice PSI. Este último encerrou no ‘vermelho’ e acompanhou as perdas generalizadas nos mercados europeus, que sentiram o clima de tensões geopolíticas.

A bolsa de Lisboa encerrou a sessão desta terça-feira em perda, com o principal índice a cair 0,71%. Entre as várias descidas, a Mota-Engil foi a cotada que registou a mais acentuada, na ordem de 5,26%, até aos 4,18 euros por ação. Isto no mesmo dia em que o Banco Português de Fomento (BPF) aprovou o investimento de 7,4 milhões de euros na Mota-Engil Renewing.

Em causa está a primeira operação ao abrigo do Programa de Coinvestimento Deal-by-Deal do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) na empresa.

Ainda entre as perdas, seguiu-se o BCP, ao recuar 3,14%, de tal modo que se ficou pelos 0,29 euros, ao passo que os CTT resvalaram 1,35%, para 4,39 euros por título. No ‘verde’ sobressaiu a EDP, que se adiantou 0,87%, para 3,602 euros.

No que diz respeito aos índices europeus, foi notório o sentimento negativo, em reflexo das inseguranças vividas pelos investidores. Na origem estão, por um lado, os números divulgados na economia da China que, apesar de ter registado, no primeiro trimestre, um crescimento mais acentuado (ao nível do PIB) do que se esperava, registou também números abaixo das expetativas ao nível da produção industrial e das vendas a retalho.

Por outro lado, as tensões são notórias no Médio Oriente, nomeadamente entre Irão e Israel, como também entre este último e o vizinho Líbano. A situação pode desencadear nova ação militar da parte das forças israelitas, que poderia contribuir para um escalar do conflito e, eventualmente, gerar problemas de vários mercados, como é o caso do mercado petrolífero, por exemplo, já que este depende muito daquela região do globo.

A situação cria uma série de dúvidas aos investidores, de tal forma que as perdas se estenderam à totalidade dos principais sectores da bolsa europeia. Neste contexto, o principal índice do Reino Unido derrapou 1,83% e Itália caiu 1,65%. De seguida, surgiu Espanha a perder 1,50%, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 e França escorregaram 1,40%. A Alemanha fugiu à tendência geral, ao somar 0,12%.

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