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Lucros da Semapa sobem quase 7% para mais de 130 milhões de euros

Os lucros atribuíveis aos acionistas atingiu os 132,6 milhões de euros, o que, face a 2017, representa um aumento de 6,8%. Entre os diferentes segmentos de negócio, foi a pasta e papel foi que mais contribuiu para o crescimento do EBITDA da holding, com 455,2 milhões de euros, o que representa um crescimento de 12,7% face a 2017.
15 Fevereiro 2019, 21h59

O volume de negócios do Grupo Semapa, que integra a papeleira The Navigator, a cimenteira Secil e o Grupo ETSA, ascendeu aos 2.198,0 milhões de euros em 2018, o que representa uma variação positiva de 1,5% face ao período homólogo. As exportações e vendas no exterior representaram quase 76% da faturação total do grupo liderado por João Castello-Branco e totalizaram os 1.664,9 milhões de euros.

No último ano, o lucro antes de impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) subiu 9,5%, face a 2017, para 548,5 milhões de euros e margem consolidada aumentou 1,8 pontos percentuais, fixando-se nos 25%.

Entre os diferentes segmentos de negócio, foi a pasta e papel que mais contribuiu para o crescimento do EBITDA da holding, com 455,2 milhões de euros, o que representa um crescimento de 12,7% face a 2017. No entanto, em 2018, todas as outras áreas de negócio da Semapa registaram um desempenho abaixo do ano anterior. No cimento, o EBTIDA decresceu ligeiramente (-0,1%), para 88,7 milhões; e, no ambiente, a queda foi mais acentuada, com uma descida de 30,4% face a 2017, fixando-se nos 5,4 milhões de euros.

Os lucros atribuíveis aos acionistas atingiram os 132,6 milhões de euros, o que, face a 2017, representa um aumento de 6,8%.

A Semapa explica que a evolução do resultado líquido assenta em quatro fatores essenciais. No aumento do EBITDA total, em cerca de 47,8 milhões de euros; no incremento de depreciações, amortizações, perdas por imparidade e provisões no valor de 6,4 milhões de euros; pelo agravamento dos resultados financeiros líquidos em 5 milhões de euros; e pelo aumento dos impostos sobre o rendimento em quase 29 milhões de euros.

Do lado do passivo, a dívida líquida consolidada foi reduzida em 122 milhões de euros e totalizou, a 31 de dezembro de 2018, 1.551,6 milhões de euros. A contribuir para a diminuição da dívida, esteve a geração de cash flow operacional (436 milhões) e a diminuição da dívida nas áreas do cimento (-27,7 milhões), onde foram feitos investimentos de 29,2 milhões de euros e a variação de fundo de maneio; do cimento (-3,8 milhões); e nas holdings (-80,8 milhões de euros), em virtude do recebimento de dividendos pela The Navigator (139 milhões) e do pagamento de dividendos (41,3 milhões).

Recorde-se que esta semana, dia 13, foi a Navigator, detida em 69% pela Semapa, a apresentar resultados.  A papeleira registou uma subida de 8% dos lucros para 225 milhões em 2018, face a período homólogo. O volume de negócios da empresa cresceu 3,3% para 1.692 milhões de euros, com o EBITDA a aumentar 13% para 455 milhões de euros.

A evolução positiva destes indicadores deveu-se à melhoria dos preços. “A evolução muito favorável dos preços permitiu compensar a perda de volume disponível para venda devido às paragens de produção programadas e não programadas”, segundo o comunicado da Navigator.

Já o EBITDA recorrente, excluindo impactos não recorrentes relativos à venda do negócio de pellets e taxas anti-duping, seria de 460 milhões de euros (+14%) e a margem EBITDA/vendas de 27,2%.

Em 2018, o investimento totalizou 216,5 milhões de euros com a concretização do plano de crescimento e desenvolvimento, que inclui a nova fábrica da tissue em Cacia, o aumento de capacidade da pasta na Figueira da Foz e a reconversão da PM3 em Setúbal”, afirma a papeleira.

A forte geração de cash flow permitiu a redução da dívida líquida em 10 milhões de euros par 683 milhões de euros, e um pagamento de dividendos no montante de 200 milhões de euros.

Já o programa de redução de custos M2 continuou a gerar poupanças significativas de 21 milhões de euros.

No quarto trimestre, houve paragens da produção na fábrica da Figueira da Foz, devido ao furacão Leslie que atingiu Portugal em outubro, e na fábrica de papel de Setúbal, reconversão da PM3, “reduziu os volumes disponíveis para venda”.

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