O Presidente da República afirmou esta quinta-feira que a existência de um cenário de crise política é pura “ficção” e descartou a hipótese de dissolução do Parlamento. Marcelo Rebelo de Sousa advertiu que não será o chefe de Estado a dar gás a crises políticas e aconselhou os partidos a dialogar.
“O Presidente da República não vai alinhar em crise políticas. Portanto, desenganem-se os que pensam que se não houver esforço de entendimento que vai haver dissolução do Parlamento no curto de espaço de tempo que o Presidente tem pela frente para isso, até ao dia 8 de setembro. Isso é uma aventura, uma crise política em cima da crise da saúde e económica”, alertou, à margem da abertura da Feira do Livro de Lisboa.
Marcelo Rebelo de Sousa recomendou ainda aos partidos “falarem para ver como se viabiliza um orçamento, que é fundamental para a utilização dos fundos que vêm de Bruxelas”. “São obrigados a pensar no interesse nacional”, alertou o Presidente da República sobre o Orçamento de Estado que vai começar a ser debatido esta sexta-feira.
Para o Presidente, os portugueses iriam achar uma “bizantinice”, em plena pandemia que pode piorar e num contexto de crise económica e social juntar-se uma “crise política com meses até haver um Governo em pleno de funções para fazer aquilo que é preciso fazer”. “O Presidente exerce a sua magistratura de influência sempre, para evitar esse tipo de crises, sobretudo na presente crise de saúde pública, económica e social”, ressalvou, em declarações à comunicação social.
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