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Médicos enviam pré-aviso de greve para 3 de julho

A Federação Nacional dos Médicos convocou uma paralisação e uma concentração de médicos para esse dia.
17 Junho 2019, 19h38

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) enviou esta segunda-feira o pré-aviso que convoca oficialmente a greve nacional de médicos para o próximo dia 3 de julho. A paralisação destes profissionais, anunciada há duas semanas, foi agendada a par com uma concentração em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa.

A FNAM acusa o ministério liderado por Marta Temido de continuar a recusar negociar pontos essenciais, inclusive a revisão da carreira médica e das grelhas salariais e a reversão das medidas impostas pela ‘troika’ (entre os quais a redução das atuais 18 horas de urgência dentro do horário normal de trabalho para 12 horas e a diminuição progressiva das listas de utentes dos médicos de família, de 1.900 para 1.550 utentes).

“Com a atual política deste Governo, prevê-se que no próximo ano existam cerca de 4 mil médicos indiferenciados, o que põe em causa a especialização médica – pilar fundamental para um Serviço Nacional de Saúde de qualidade(…). Os médicos trabalham horas em excesso, com prejuízo para a sua vida familiar, e elevado risco de burnout”, defende a mesma federação, em comunicado.

Na mesma nota divulgada hoje, a FNAM reivindica a criação de um estatuto profissional de desgaste rápido e risco e apela ao respeito integral pela legislação laboral médica sobre horários de trabalho e descanso compensatório. Além disso, informa que está a preparar “uma série de reuniões com comissões de utentes, organizações médicas e sindicais, para uma maior mobilização em defesa do SNS e da dignidade do trabalho médico”.

Médicos reúnem-se com o Ministério da Saúde para tentar evitar greve de 2 e 3 de julho

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