Médicos vão ganhar menos se receitarem mais do que podem

Os médicos de família vão ganhar menos caso façam um número de prescrições de exames e medicamentos acima dos limites que estão fixados numa portaria que regula o índice de desempenho das equipas das novas unidades de saúde familiar (USF), escreve o “Jornal de Notícias” (JN).

O JN refere que, para os especialistas de medicina geral e familiar, este índice pode representar até 2.860 euros por mês, portanto com as novas regras quase metade desse valor pode ficará em risco, de acordo com o diploma apresentado esta semana pelo Governo aos sindicatos.

Anteontem, em Conselho de Ministros, foi também aprovado o decreto-lei que altera o regime de avaliação de incapacidade das pessoas com deficiência. Em causa está a mudança na composição das juntas médicas, que passam a ser constituídas por médicos especialistas, e permite manter a validade dos atestados médicos de incapacidade multiuso sujeitos a renovação.

Segundo o Executivo, garante-se “os benefícios sociais, económicos e fiscais que tenham sido reconhecidos aos cidadãos com deficiência” e dispensa-se ainda “a realização de junta médica para a avaliação dos doentes oncológicos, em determinadas circunstâncias”.