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Ministra da Administração Interna nunca quis demitir-se: “Optei por dar a cara”

Constança Urbano de Sousa confessou que não ponderou a demissão e que só esteve focada em estar no local para resolver os problemas.
22 Junho 2017, 09h01

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, afirmou que não se vai demitir do cargo enquanto tiver a confiança do primeiro-ministro, António Costa. Em entrevista à RTP3, esta quarta-feira à noite, a governante confessou que nunca abandonaria os operacionais.

“Seria mais fácil demitir-me, mas optei por dar a cara”, disse. A responsável pela pasta da Administração Interna adiantou que não ponderou a demissão e que só esteve focada em estar no local para resolver os problemas. “Estar aqui foi muito importante, foi extremamente importante para todos estes homens que trabalharam aqui arduamente ver que eu também estava aqui a trabalhar. Um comandante nunca abandona os seus homens”, justificou.

Na mesma entrevista ao canal, Constança Urbano de Sousa admitiu a possibilidade de instaurar um inquérito ao incêndio que deflagrou sábado em Pedrógão Grande, mas para tal necessita de obter todos os dados sobre aquilo que se passou. “É algo que não estou a excluir neste momento. Preciso de ter dados sobre a atuação da GNR e da Autoridade Nacional de Proteção Civil e de ter indícios que me permitam fazer um inquérito”, explicou.

A ministra da Administração Interna salientou que preciso de dados de que ainda não dispõe atualmente e que apenas o tempo permitirá responder às questões de quem é que fez o quê e a que horas. De acordo com Constança Urbano de Sousa, o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) não falhou totalmente, acrescentando que às 20 horas de sábado foram mobilizadas duas redes móveis satélite para assegurar a rede desse mecanismo.

Na opinião de Constança Urbano de Sousa, o alerta de prontidão da Autoridade Nacional de Proteção Civil  tem que ser “avaliado de uma forma mais aprofundada” e pode até ter “havido uma subvalorização da avaliação” das condições meteorológicas no local da tragédia que atingiu Pedrógão Grande e que vitimou 64 pessoas.

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