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Ministro francês diz que hospitais vão sentir o impacto da aceleração de infeções daqui a duas semanas

Há duas semanas a França estava a registar cerca de 20 mil novas infeções diárias, com cerca de 20 pessoas a entrar nas unidades de cuidados intensivos por dia. Esta sexta-feira 122 pessoas foram admitidas nas unidades de cuidados intensivos.
  • Gonzalo Fuentes/Reuters
24 Outubro 2020, 19h02

Os hospitais franceses não podem evitar o impacto da aceleração infeções por Covid-19, disse, este sábado, o ministro da Saúde francês, Olivier Veran.

Os números de infeção na França têm acelerado rapidamente nas últimas semanas, com o número total de infeções confirmadas a ultrapassar um milhão na passada sexta-feira.

“Os casos mais sérios a chegarem aos nossos hospitais hoje são o resultado das infeções que ocorreram há 15 dias atrás”, salientou o ministro após uma visita a um hospital em Marselha.

“Tendo em conta o disseminar da epidemia hoje, sabemos que independentemente do que façamos, em 15 dias vamos ver as consequências destas infeções”, vincou.

Há duas semanas a França estava a registar cerca de 20 mil novas infeções diárias, com cerca de 20 pessoas a entrar nas unidades de cuidados intensivos por dia. Esta sexta-feira 122 pessoas foram admitidas nas unidades de cuidados intensivos.

As taxas de infeção aumentaram desde o verão, com a média de dez mil casos confirmados por dia no final de setembro, o que compara com os cerca de cinco mil no final de agosto. Já a meados de outubro o número de casos diários era de 20 mil e é agora de quase 30 mil.

O número de pacientes em unidades de cuidados intensivos está agora nos 2 mil 441, o que compara com os 400 no final de agosto.

“A progressão da epidemia não acabou. Ainda temos temos difíceis à nossa frente”, frisou o Primeiro-ministro francês, Jean Castex.

O recolher obrigatório em Paris e noutras oito grandes cidades foi estendido na sexta-feira para grande parte da França rural. O confinamento entre as 21h e as 6h vai agora abranger 46 milhões de pessoas, ou seja mais de dois terços da população, e vai permanecer por seis semanas.

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