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Moscovici: “O crescimento está de volta e veio para ficar”

O reforço da confiança levou a Comissão Europeia a rever em alta as estimativas de crescimento, apesar de apontar para uma desaceleração. Para 2017, aponta para 2,4%, a que seguirá 2,3% este ano e 2%, no seguinte.
7 Fevereiro 2018, 13h01

Após vários anos de crescimento moderado e a diferentes velocidades entre os países da zona euro, a Comissão Europeia considera seguro dizer que a economia europeia cresce de forma estável e sincronizada. Na conferência de imprensa, que se seguiu à divulgação das Projeções Económicas de Inverno, Pierre Moscovici mostrou-se confiante depois de 2017 ter sido “o melhor ano em 10 anos”.

“O crescimento está de volta e veio para ficar”, afirmou o comissário europeu dos Assuntos Económicos. “Depois de muitos anos de inversão positiva gradual e moderada, podemos finalmente dizer que a zona euro está a crescer de forma estável. O crescimento económico é positivo, a confiança é elevada e estes fatores vão continuar”.

O reforço da confiança levou a Comissão Europeia a rever em alta as estimativas de crescimento, apesar de apontar para uma desaceleração. Para 2017, aponta para 2,4%, a que seguirá 2,3% este ano e 2%, no seguinte.

“A retoma generalizada em 2017 beneficiou a zona euro”, explicou Moscovici, acrescentando que “as condições económicas favoráveis ajudaram à criação de empregos”.

Apesar do otimismo, o comissário europeu lembrou os desafios da normalização da política monetária. Se, por um lado, o Banco Central Europeu (BCE) irá manter-se no mercado de dívida durante um longo período depois de terminar o programa de compra de ativos, a Reserva Federal norte-americana (Fed) está mais avançada no processo, estando já a subir as taxas de juro e a limpar os ativos comprados durante a crise, da folha de balanço.

“A política monetária está menos sincronizada, o que poderá ter um impacto nas taxas de câmbios”, afirmou. A situação “está a levar a subidas nas yields e pressão para os mercados financeiros, desenvolvimentos que vamos monitorizar proximamente”, continuou, acrescentando: “Sinceramente não estou preocupado. Espero que estas não sejam as famosas últimas palavras…”

A incerteza face às políticas de Donald Trump nos Estados Unidos e as negociações do Brexit são os principais riscos, segundo Moscovici, que os vê como “equilibrados”.

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