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Novas taxas da ERSE tiram quase 7 milhões de euros à REN

A alteração da indexação da remuneração, fruto do novo quadro regulatório, fez com que as receitas da REN pela transmissão de eletricidade tenham caído para 29,7 milhões de euros.
4 Maio 2018, 10h17

A REN recebeu menos 6,81 milhões de euros no primeiro trimestre no primeiro trimestre do ano devido às novas taxas de remuneração da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). A alteração da indexação da remuneração, fruto do novo quadro regulatório, fez com que as receitas da REN pela transmissão de eletricidade tenham caído para 29,7 milhões de euros, avança o “Jornal de Negócios”.

As alterações impostas pela ERSE implicam que a taxa para os ativos com prémio recue de 7,22% para 5,95%, enquanto a taxa de ativos com prémio deve recuar de 6,47% para 5,20%. No entanto, como a remuneração dos ativos da REN está indexado aos juros da dívida portuguesa a 10 anos e as obrigações continuam em queda, a empresa recebeu menos 3,39 milhões de euros entre janeiro e março.

A REN explica que a “descida das taxas de remuneração estabelecidas no novo quadro regulatório da eletricidade, assim como pela descida do rendimento das obrigações do tesouro” conduziram a “uma menor remuneração dos ativos”.

O lucro da REN caiu 3,0%, para 13,1 milhões de euros, no primeiro trimestre do ano face ao período homólogo. A REN  justifica a redução do resultado líquido com amortizações, evolução do resultado financeiro e a manutenção do reconhecimento do imposto extraordinário sobre o setor energético, que no presente ano ascende a 25,3 milhões de euros.

No primeiro trimestre, o EBITDA (juros, impostos, depreciação e amortização) melhorou em 3,8% para 128,4 milhões de euros, beneficiando do impacto da recente aquisição da Portgás. Já o investimento no período subiu 5,2% para cerca de 14 milhões de euros, tendo a Portgás contribuído com perto de quatro milhões de euros.

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