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OPEP prevê que consumo de petróleo ultrapasse oferta em 2,7 milhões de barris diários

A previsão refere-se ao próximo mês, quando a Arábia Saudita irá avançar com um corte de um milhão de barris por dia.
  • Reuters
13 Junho 2023, 15h56

O consumo mundial de petróleo vai ultrapassar oferta em aproximadamente 2,7 milhões de barris por dia no próximo mês, revelou esta terça-feira o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

A Arábia Saudita anunciou no início deste mês que iria avançar com cortes significativos na produção a partir de julho. A redução de um milhão de barris por dia (bpd), acordada na última reunião entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), que se prolongou durante cerca de sete horas.

Se este país no Médio Oriente optar por estender a redução durante todo o terceiro trimestre, seria o maior défice desde 2021, de acordo com o documento tornado público esta tarde pela OPEP. A estimativa da OPEP prevê ainda que a procura global cresça 2,4% entre o primeiro e o segundo semestre do ano para uma média de 103,25 milhões de barris diários no últimos três meses de 2023.

O grupo dos maiores produtores de petróleo do mundo e seus adiados, liderados pela Rússia, estiveram reunidos no primeiro fim de semana de junho, em Viena, na Áustria, para negociações sobre os cortes na produção desta matéria-prima, para tentar dar resposta à queda dos preços do ouro negro, há cerca de dez meses, e ao excesso de oferta.

Segundo a agência noticiosa Reuters e o jornal britânico “Financial Times”, o ministro da Energia da Arábia Saudita, o príncipe saudita Abdulaziz bin Salman, disse que este golpe de Riade pode ser estendido para depois de julho caso considerem que é necessário. Em abril, quer a Arábia Saudita quer os restantes membros da organização anunciaram um corte surpreendente, de 1,66 milhão de barris por dia.

A OPEP decidiu ainda prolongar as metas de redução global da produção de petróleo a partir de 2024 para um total de 40,46 milhões de barris diários. “Queremos apenas cobrir o bolo com o que fizemos”. Faremos o que for necessário para trazer estabilidade a este mercado”, garantiu o ministro saudita, que é o líder de facto da OPEP+, em declarações à publicação britânica.

O preço do barril de petróleo tem estado a valer cerca de 70 dólares. Por volta das 10h00, o barril de petróleo Brent valia precisamente 74,53 dólares (+3,34%) e o WTI, produzido no Texas, fixava-se nos 69,70 dólares (+3,84%).

A OPEP+ tem nova reunião agendada para o próximo dia 26 de novembro.

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