Mais de mil médicos do Sistema Nacional de Saúde britânico (NHS, sigla em inglês), está a ponderar sair do serviço público devido à pandemia da Covid-19. Segundo o novo inquérito, citado pelo “The Guardian”, os profissionais de saúde estão desiludidos com a forma como o governo de Boris Johnson está a lidar com a pandemia da Covid-19 e estão “frustrados” com os seus salários.
Os médicos inquiridos estão a considerar ou emigrar, fazer uma pausa, mudar para o serviço privado ou demitir-se para trabalhar apenas como substituto, numa altura em que as preocupações pela saúde mental e os níveis de stress eminentes à profissão são cada vez mais alvo de debate na opinião pública.
“Os médicos do NHS estão a sair desta pandemia maltratados e esgotados”, disse a coordenadora da referida investigação, Samantha Batt-Rawden, presidente da Associação de Médicos britânica.
Ao todo, foram inquridos 1.758 médicos em todo o Reino Unido. Quando a agência responsável pelo inquérito, a DAUK, questinou estes trabalhadores sobre se “a pandemia e as medidas decretadas pelo governo aos médicos da linha de frente durante a pandemia impactaram a sua decisão de ficar ou deixar o NHS?, quase sete em cada dez – 1.214 (69%) – disseram que isso os tornava mais propensos a deixar o serviço de saúde, enquanto 26% responderam que não.
O jornal britânico conta ainda que 74% dos profissionais também respondeu que a decisão tem por base o vencimento oferecido no setor público e a falta de progressão na carreira a nível monetário.
Outros fatores importantes incluíram a falta de equipamento de proteção individual (65%), os médicos não terem permissão para falar publicamente (54%), a revogação das promessas feitas aos funcionários do NHS durante a pandemia, como estacionamento gratuito (46%), e o impacto da crise na própria saúde mental (45%).
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