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PCP acusa Rui Rio de “má-fé” e “desonestidade política” nas críticas à realização da Festa do Avante

Os comunistas consideram “ridículo” comparar lotações de estádios de futebol com a área onde se vai realizar a Festa do Avante e dizem que afirmações dessas “só podem assentar numa aversão sem limites ao PCP”.
13 Agosto 2020, 17h50

O Partido Comunista (PCP) acusa o presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, de “má-fé” e “desonestidade política” nas críticas à realização da Festa do Avante. Os comunistas consideram “ridículo” comparar lotações de estádios de futebol com a área onde se vai realizar a Festa do Avante e dizem que afirmações dessas “só podem assentar numa aversão sem limites ao PCP”.

“Comparar lotações de estádios de futebol fingindo ignorar a diferença de área desses espaços com o terreno da Festa do Avante, que é cerca de 20 vezes maior, só pode ser compreendido por má-fé e desonestidade política subjacentes aos tiques da conhecida intolerância democrática desta pessoa”, afirmam os comunistas, num comunicado enviado às redações, em reação às declarações de Rui Rio em relação à Festa do Avante.

Numa mensagem publicada no Twitter, Rui Rio escreveu esta quarta-feira que “se reduzirem a lotação máxima (100.000 pessoas) em 50%, ela passará a corresponder ao Estádio do Porto ou do Sporting completamente cheios” e que aguarda “com expectativa qual será a anunciada redução que o Governo irá fazer, em coerência com a sua obrigação de defesa da saúde pública”.

Em reação a isso, o gabinete de imprensa do PCP diz ainda que “há afirmações tão ridículas que só podem assentar numa aversão sem limites ao PCP e à sua luta pelos direitos dos trabalhadores e do povo”.

A Festa do Avante tem data marcada para os dias 4, 5 e 6 de setembro, na Quinta da Atalaia, no concelho do Seixal, e vai contar com medidas de segurança sanitárias apertadas. Este ano, a Festa do Avante, que marca anualmente a rentrée do PCP, terá uma área disponível de 30 mil metros quadrados (mais dez mil do que na edição anterior) e contará com áreas delimitadas e corredores de circulação para evitar ajuntamentos.

A Direção Geral de Saúde (DGS) tem uma equipa própria que está a analisar o conjunto de medidas de prevenção e segurança propostas pela comissão organizadora da Festa do Avante espera ter “resultados em breve”. A ministra da Saúde, Marta Temido, já veio anunciar, no entanto, que a lotação da Festa do Avante tem de ser revista e deve ser inferior à capacidade máxima, que rondará cerca de 100 mil pessoas.

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