“Este é um plano amplo de iniciativas para cortar custos que contém ainda receitas não-recorrentes da venda de ativos que não são core”, refere o Caixa BI, numa nota de análise ao plano de reestruturação anunciado pelo operador postal esta terça-feira.
O plano, que visa melhorar a rentabilidade dos CTT, inclui cortes de 25% na remuneração fixa do Presidente do Conselho de Administração e do CEO, 15% de redução para os restantes membros executivos e não executivos do Conselho de Administração em 2018, a ausência de remuneração variável para a Comissão Executiva referente a 2018 e 2017 e a redução de cerca de 800 postos de trabalho nas operações ao longo de três anos, em consequência da queda do tráfego do correio.
As ações dos CTT, que afundaram 44,84% no último ano, subiram 4,61% esta quarta-feira para 3,655 euros. Artur Amaro, analista do Caixa BI, salienta, no entanto, que os investidores esperavam outro tipo de medidas.
“Nesta altura acreditamos que o mercado receberia melhor medidas para melhorar as receitas do que cortes de custos”, refere. “Salientamos também que este plano será difícil de executar e vai enfrentar pressões políticas severas e ainda contestação significativa dos sindicatos”.
Amaro adianta que, no entanto, tendo em conta a cotação atual, o elevado free float do título e o potencial desenvolvimento autónomo de alguns dos segmentos, nomeadamente do Banco CTT e do Expresso e Encomendas, é justo assumir (ou pelo menos não excluir “a probabilidade acrescida de uma alteração significativa na estrutura acionista”.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com